CRÍTICA – O CAÇADOR E A RAINHA DO GELO

Nesta continuação de Branca de Neve e o Caçador, dirigida por Cedric Nicolas-Troyan, o que ganha mais destaque é a estética fantástica construída no filme. A trama é um pouco melhor amarrada e mais bem-conduzida que a do antecessor, o que deixa o segundo filme mais satisfatorio. Mas não se iluda, o maior valor do filme é seu visual.

Desta vez Chris Hemsworth reencarna o caçador Eric e somos apresentados um pouco a seu passado, bem como ao passado da personagem de Charlize Theron, Ravenna, e à sua irmã Freya, interpretada por Emily Blunt. Todos fazem bem seu trabalho, mas Theron e sua personagem sempre captura nossa atenção quando entra em tela, ainda mais com a sua reentrada em cena — um dos momentos mais marcantes dos efeitos especiais do filme, que havia decepcionado um pouco numa cena de luta anterior.

O mundo fantástico construído para esta série ganha um pouco mais de conteúdo, mas não muito. É suficiente para que acompanhemos o enredo romântico entre Eric e Sara (Jessica Chastain) e as tensões entre as bruxas irmãs, mas não nos deixa particularmente envolvido ou curiosos sobre o que mais existe naquele mundo. Os efeitos visuais tendem a ser muito bons, e geram um cenário de fantasia bem preenchido e vivo, porém houveram momentos em que os efeitos deixam um pouco a desejar, particularmente quando comparado com momentos tão bons dentro do próprio filme.

Não se esperava que houvesse uma continuação do primeiro filme, que, apesar de um moderado sucesso nas bilheterias, não foi particularmente bem recebido. Este novo capitulo dentro deste universo é uma melhoria clara, mas ainda não convence de que é o suficiente para justificar a criação de uma franquia. É um filme com um visual sedutor, mas com pouco mais do que isso a oferecer.

Confira o trailer do filme: