Kubo é um garoto que vive numa montanha com sua mãe doente, próximo a uma pequena vila. Kubo e sua mãe foram parar na montanha fugindo de seu avô, que lhe tirou um olho e matou seu pai. Uma história trágica, com elementos mágicos, é a premissa de onde começam as aventuras de Kubo e as Cordas Mágicas, do estúdio Laika, o mesmo que produziu Coraline, Paranorman e Boxtrolls. Conhecidos por seu trabalho diferenciado tanto tecnicamente, com uma produção fantástica de Stop Motion num hollywood dominado por animação CG, quanto narrativamente.
Estreando no circuito brasileiro justamente na semana do dia das crianças, Kubo é uma ótima idéia de passeio para a família. As aventuras do protagonista e suas batalhas pelo mundo fantástico apresentado no filme certamente prenderão não apenas os pequenos na cadeira, mas também entreterão seus pais e irmãos mais velhos.
Embora a narrativa não tenha reviravoltas particularmente surpreendentes, ela segue caminhos pouco esperados tanto na resolução entre kubo e sua mãe quanto com seu avô, grande antagonista do filme. O final não deixa de ser feliz, mas de formas que não são as usuais finalizações esperadas de filmes infantis. Os dilemas familiares, embora mágicos, são familiares a muitos.
É refrescante ver a dissonância temática e de tom do filme com o restante da produção disponível nos grandes cinemas nacionais. A historia de Kubo é mágica e envolvente, com personagens carismáticos em um mundo de fantasia de temática japonesa que nos deixa com vontade de explorar aquele universo mais a fundo. As sequencias de ação são instigantes, e saber que tudo foi feito com Stop Motion impressiona ainda mais.