Confira os destaques do segundo dia da CCXP Tour Nordeste

O segundo dia da CCXP Tour Nordeste, primeira edição fora de São Paulo da maior comic con do mundo, foi marcado pela exibição inédita do trailer do novo filme da saga Star Wars, bate-papo com ator de Supernatural, painéis com quadrinistas da DC e Marvel Comics. O momento nostalgia foi a presença do ator Carlos Villagrán, o eterno Quico de Chaves, que emocionou o público nessa sexta-feira (14), no Centro de Convenções de Pernambuco.

O Auditório Twitch, que conta com mais de 2400 lugares, ficou lotado para a transmissão ao vivo do painel de Star Wars – Os Últimos Jedi, direto da Star Wars Celebration, em Orlando, nos Estados Unidos. O evento comemora os 40 anos da criação do cineasta George Lucas. “Apenas dois locais no mundo estão recebendo este sinal: Recife e China. Isso só foi possível graça ao esforço da equipe da Disney que sempre nos apoia. Acreditem: a força está neste lugar”, disse Érico Borgo, editor do Omelete que mediou o painel. Os fãs vibraram com as novidades o pôster e o trailer inéditos.

Depois dos primeiros passos em Star Wars: O Despertar da Força, Rey, vivida por Daisy Ridley, continua sua jornada épica com Finn, Poe e Luke Skywalker. A turma do Omelete comentou que, no sétimo filme, Luke está meio sumido e Rey o encontrou. A grande dúvida que o trailer deixou é o que acontecerá com Luke neste novo episódio, pois ele parece estar fora de si ao falar que os Jedi têm que acabar. Será que ele passou para o lado sombrio da força? Será que descobriu alguma coisa que o levou a pensar desse jeito? Ou será que está gaga? A estreia do longa está prevista para dezembro deste ano.

Confira o trailer

O The Star Wars Show Celebration recebeu a presidente da Lucasfilm, Kathleen Kennedy, o diretor e roteirista do filme, Rian Johnson, e os atores Daisy Ridley, Mark Hamil, John Boyega e Kelly Marie Tran, além do robô que faz o personagem BB-8. “Estamos na fase de pós-produção, editando o material. Está ficando tudo pronto. Foi uma experiência deliciosa do começo ao fim”, contou Johnson.

Neste oitavo episódio, uma nova personagem feminina entra em cena: Rose, interpretada por Kelly Marie Tran. “Ela é parte da resistência e trabalha com manutenção”, adiantou a atriz. Ela revelou ao público ter escondido da própria família a participação na trama: “Eu disse que estava gravando um filme indie no Canadá”.

Boyega também deu detalhes sobre o seu personagem, Finn: “Desta vez ele soube se impor. Ele sofreu uma lesão da vez passada, mas agora não vai brincar. Será um teste para saber quem encontra o seu lugar: se faz parte da resistência, ou se vai fugir”, informou. O grupo ainda exaltou a beleza das cenas gravadas na Irlanda e lembraram de Carrie Fisher, a eterna princesa Leia. A atriz faleceu em dezembro de 2016 e já havia concluído todas as suas cenas no filme.

Os visitantes da CCXP Tour Nordeste também podem aproveitar o estande de Star Wars decorado com elementos do filme, com diversos produtos licenciados dos seus personagens principais.

Time forte de quadrinistas da DC Comics debatem sobre adaptação de HQs para cinema e séries

O segundo painel do dia contou com a participação dos quadrinistas brasileiros exclusivos da DC Comics, Ivan Reis e Eddy Barrows, os premiados Paul Pope, Jock e Glenn Fabry, além do editor da Panini, Levi Trindade, que falaram um pouco de seus trabalhos e adaptações dos quadrinhos para as telonas.

Mediada por Marcelo Hessel, editor do Omelete, a conversa começou com o Aquaman, a partir da releitura feita por Ivan Reis, um super-herói que explodiu no último ano. “Nem a editora se importava muito com o personagem, então houve muita liberdade para criar. Eu queria era que ele fosse aquele herói bem clássico, certinho”, afirmou.

Sobre as adaptações das HQs para as telas, Barrows foi enfático: “Claro que as mídias se influenciam, mas o cinema bebe muito mais da gente do que o contrário. Para uma boa adaptação, é preciso que o diretor conheça a essência do personagem, para que então seja feita com fidelidade e respeito à obra”, disse.

Fabry, desenhista das capas do aclamado Preacher, defendeu a recente série da TV americana, estrelada por Dominic Cooper, baseada na obra de Garth Ennis e Steve Dillon. Já Jock, responsável por Arqueiro Verde Ano 1, confessou nunca ter visto a série televisiva do herói. Pope comentou o seu Batman Ano 100 e a vontade que tem de vê-lo nas telas: “O desafio na hora de fazer o Batman é conseguir algo que ainda não foi feito”, finalizou.

Ator de Supernatural conversa com os fãs e fala da possibilidade de Trickster voltar à história

Richard Speight Jr. entrou na série vivendo o Arcanjo Gabriel e hoje é um dos diretores

O ator norte-americano Richard Speight Jr., o Arcanjo Gabriel ou Trickster em Supernatural, série aclamada no Brasil e no mundo e exibida aqui pela Warner e SBT, foi sabatinado por fãs. Ele contou que começou a atuar aos quatro anos de idade, em filmes de baixo orçamento, tendo que ralar bastante para chegar ao show business por ter nascido longe dos holofotes de Los Angeles. Ele entrou no universo de Supernatural vivendo o Arcanjo Gabriel, e agora é um dos diretores da série e também um dos maiores entusiastas da franquia, participando de diversas convenções pelo mundo.

As primeiras questões foram postas pela moderadora Aline Diniz, editora do Omelete, que intercalou o bate-papo com a exibição de cenas da série. Entre os assuntos, ele destacou como “rara” a chance de poder interpretar um personagem com características obscuras e leves ao mesmo tempo. Também chamou a atenção para a exaustiva rotina de gravações. Segundo o ator, são oito dias seguidos, 12 horas diárias, rodando entre 45 e 50 páginas de roteiro. “É muito ambicioso o que esse show faz”. O ator ainda apontou que “uma porta foi deixada aberta” para a volta do Trickster à trama.

 

 

Os fãs quiseram saber qual episódio ele mais curtiu dirigir, com quem mais gostou de contracenar, quais cena, temporada e personagem favorito. Descontraído, ele falou sobre o lado positivo de ser ator e o que costuma fazer antes de entrar no set de filmagem. “Eu faço xixi, é o grande ritual”, brincou. Também fez piada sobre o fato de odiar doces, ao contrário do Arcanjo Gabriel. Ao ser perguntado sobre qual outro papel gostaria de interpretar dentro da série, indicou Lúcifer, o vilão da história vivido por Mark Pellegrino. “Assim eu poderia matar ele ao menos uma vez”.

Richard já participou de outras séries televisivas, como Band of Brothers, Jericho e The Agency. No cinema, atuou em Velocidade Máxima 2 (Speed 2: Cruise Control), Independence Day e Pânico em Alto Mar. Lembrando que além deste painel especial, ele participa de fotos e autógrafos com os fãs até domingo (16).

 

Marvel Comics reúne grandes quadrinistas brasileiros e internacionais para debater obras e adaptações

O painel da Marvel Comics trouxe os quadrinistas brasileiros Mike Deodato, Gustavo Duarte, e os americanos Bill Sienkiewicz e Tom Raney. Logo no início, Sienkiewicz fez questão de falar da doçura e receptividade do público local, e fez vários vídeos e fotos durante a conversa. Primeiro, falou sobre sua relação com Elektra, de Frank Miller, a quem deu vida nos quadrinhos recentemente.

“Eu nunca vi o filme com Jennifer Garner, mas acho que essa personagem não tem que ter um tom adolescente, ela é muito mais que isso. Acho que a série O Demolidor faz um trabalho melhor, mas acredito que ela é não é um personagem secundário. Gostaria de vê-la em sua própria arena”, confessou. O artista ainda disse adorar a recente série Legion, baseada em HQ criada por ele, junto com Chris Claremont.

Gustavo Duarte, responsável pela criação de histórias, como Có, Táxi e da graphic novel Chico Bento – Pavor Espacial, levantou o público quando disse que tinha Chico Science como ídolo, e saudou a plateia com Chila, Relê, Domilindró, palavras imortalizadas na canção do cantor e compositor pernambucano, O Cidadão do Mundo.

Tom Raney, que fez trabalhos importantes para a série X-Men, falou um pouco de como o filme dos mutantes abriu portas para outros longas adaptados de quadrinhos, que são, hoje, os maiores sucessos de bilheteria do cinema.

O paraibano Mike Deodato, que já colocou rostos de brasileiros em quadrinhos, como quando desenhou Juliana Paes como par romântico do Homem de Ferro, avaliou alguns filmes de super-herói: “Acho os primeiros filmes do X-Men ‘duros’, não retratam tanto quanto os quadrinhos. Posso passar horas falando deles”, brincou.

Carlos Villagrán emociona e diverte a plateia com o eterno Quico

Ator incorporou famoso personagem de Chaves no painel que fechou o segundo dia do evento

O painel com Carlos Villagrán Eslava, ator humorístico conhecido por seu papel icônico de Quico em Chaves, fechou a programação do Auditório Twitch no segundo dia da CCXP Tour Nordeste, nesta sexta-feira (14). Ele foi ovacionado pelo público: “Sinto prazer em estar aqui com vocês. É como é estar no céu”, disse.

O artista incorporou o personagem e durante a conversa com Patricia Gomes, do Omelete, encenou e falou os jargões popularizados na série mexicana, que é exibida regularmente no Brasil desde 1984, como cale-se, cale-se, que você me deixa louco, a sua favorita. Villagrán contou que foi difícil a primeira visita ao Brasil por não entender o idioma, mas se esforçou para falar português em todo o painel.

Sobre a rotina de filmagem, comentou que os atores chegavam às 8h para maquiar e ensaiar, depois, com três câmeras, gravavam todo o programa. Entrando no universo geek da convenção, afirmou que gosta da série The Walking Dead e ainda imitou um zumbi com trejeitos de Quico.

Painel especial reúne quadrinistas nordestinos e debate cultura local


Artistas falaram sobre a cobrança sutil que sofrem para incluir elementos regionais nas obras

O painel sobre “quadrinhos com sabor nordestino” abriu a programação do Audiório Ultra da CCXP Tour Nordeste. Os quadrinistas Shiko, Thony Silas e Eddy Barrows saíram das mesas do Artits’ Alley para conversar com Érico Borgo e os fãs da CCXP.

A discussão que ganhou força durante o painel foi a cobrança sutil que quadrinistas nordestinos sofrem para incorporar elementos locais as suas obras. “É natural que ocorra, já que temos uma bagagem histórica muito grande. Mas não precisamos fazer esforço, basta ser, sua história estará ali inserida de qualquer forma”, disse Thony Silas, pernambucano que desenha para a Marvel. “Somos nordestinos, mas somos brasileiros também, consumimos material externo, então há necessidade de globalização. Você tem liberdade, só depende da sua criatividade”, completou Eddy Barrows.

O paraibano Shiko contou que é preciso evitar o caminho do Nordeste exótico e aprendeu com artistas pernambucanos como misturar referências regionais e estrangeiras. “O autor que eu sou hoje deve muito ao Recife, pois a primeira vez que eu percebi que eu não precisava negar o Sertão para ser universal, foi lendo Watson Portela, que mistura traço europeu, ficção científica e cyberpunk com elementos nordestinos. [A banda] Nação Zumbi também mostrou que se pode trabalhar com essa mistura”, disse.

O painel ainda abordou o uso de ferramentas da internet pelos quadrinistas, como redes sociais e crowdfunding, plataforma de financiamento coletivo. Os três quadrinistas estão com mesas no Artists’ Alley, espaço onde artistas independentes e consagrados apresentam seus trabalhos e interagem com o público. A área tem maior presença de autores locais. Dos 185 participantes, 35 são de Pernambuco e, ao todo, o Nordeste conta com 94 (mais de 50% do total).

O homem, a voz: painel especial com o dublador de Bob Esponja e Goku

O segundo auditório da CCXP, conhecido como Ultra, também ficou lotado e cheio de atrações especiais. Entre os painéis do dia, Érico Borgo recebeu o diretor de dublagem Wendel Bezerra com elogios: “Um dos profissionais mais incríveis que a gente trabalha lá no Omelete”, afirmou. Em clima descontraído, o bate-papo começou com comentários sobre o cenário atual da dublagem. “A tecnologia ajudou muito a área, com os equipamentos, gravação individual que aumenta a qualidade, mas, ao mesmo tempo, há uma pulverização muito grande. Há estúdios em vários lugares, sem estudo, sem formação”, analisou.

Wendel começou como ator ainda criança, chegou a se formar em Direito, mas optou por trabalhar com a sua paixão: a dublagem. Em vários anos de experiência, já fez personagens famosos, como Goku (Dragon Ball Z), Bob Esponja, Jackie Chan, além de ter dublado atores como Edward Norton, Ryan Phillippe e Leonardo DiCaprio. “Uma vez, encontrei Sean Astin, o Sam de O Senhor dos Anéis. Ele escreveu no meu crachá: para a voz dentro de mim”, contou orgulhoso.

No final, a pedidos, o dublador deu vida a um Bob Esponja e a um Goku com jargões nordestinos, levando a plateia ao delírio. No final, fez uma cena em que os dois personagens encontram-se ainda com Jackie Chan em um supermercado, divertindo todos os visitantes que o aplaudiram em clima caloroso.

Galera do Matando Robôs Gigantes cria o “melhor filme de super-heróis de todos os tempos” com ajuda da plateia

Hellcife: A Lenda da Tubalança, estrelado por Nicolas Cage, Dafne Keen e Paulo Gustavo. Esse foi o resultado do brain storm divertido comandado pelas “mentes perturbadas” de Affonso Solano, Didi Braguinha e Beto Estrada, do Matando Robôs Gigantes. Com a participação especial do público – que lotou o Auditório Ultra – a ideia do podcast interativo era criar o melhor – ou pior – filme de super-heróis de todos os tempos, explorando as sugestões vindas de uma plateia bastante animada. A cada sugestão aprovada, os participantes eram agraciados com livros, quadrinhos, camisas e outros brindes.

Personagens da cultura pernambucana ganharam vida na figura do protagonista da história, o herói Caboclo de Lança, que seria interpretado por Cage; e do seu arqui-inimigo, o vilão Perna Cabeluda – uma lenda que povoa o imaginário do recifense -, que será encarnado por Tony Ramos. Dafne Keen ganhou o papel da filha do herói.

A história se passa na cidade do Hellcife – referência ao clima quente comum no Recife -, onde um pescador parrudo, chamado Troinha, sai para pescar com a filha no dia em que estava prevista a pior tempestade de todos os tempos. A menina cai no mar, e, ao tentar resgatá-la, um tubarão mágico morde a perna de Troinha, que acorda em casa após dias dormindo. Ao falar as palavras mágicas, o homem se transforma no Super-Caboclo, e o dente de tubarão vira a Tubalança, com poderes para enfrentar o então Perna Cabeluda.

No domingo (16), às 19h, o trio estará de volta para mais um podcast, dessa vez, o Porrada de Elite.

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Sétima Cabine

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