“A Guerra dos Rohirrim” é a mais nova iteração da franquia Senhor dos Anéis no cinema. A animação, inspirada em estilo anime, renova um pouco a estética ainda apresentando a Terra Média que conhecemos. Há um óbvio cuidado e dedicação na arte ao criar cenários e na caracterização dos personagens. A animação faz um estranho uso de captura de movimentos de atores, que francamente pode causar um estranhamento. A mistura entre arte 3d e arte desenhada a mão também pode causar estranhamento em certas cenas. Definitivamente a estética é linda a maior parte do tempo, mas nos momentos em que falha é bem notável.
Narrativamente, talvez as falhas sejam mais notáveis do que na estética. Apesar do espetáculo visual, a história às vezes carece de ritmo e profundidade. Falta à narrativa aquele toque épico que nos prende do início ao fim. A trama, que foca nos eventos em torno de Helm Hammerhand e a fundação do Abismo de Helm, é rica em potencial, mas parece hesitar em explorar camadas mais complexas.
Mesmo com algumas limitações, “A Guerra dos Rohirrim” é uma adição bem-vinda ao universo de “O Senhor dos Anéis”. Para quem já é fã, o filme entrega momentos de pura nostalgia e reverência ao material original. E para aqueles que estão descobrindo a Terra Média, a animação pode servir como uma introdução visual deslumbrante. Talvez não seja o épico que mudará para sempre a forma como enxergamos a franquia, mas é uma peça que expande o legado de Tolkien com respeito e paixão.