CRÍTICA – Bohemian Rhapsody

Um dos filmes mais aguardados do ano, chega aos cinemas Bohemian Rhapsody. A produção do filme pareceu tentar ser quase tão polêmica quanto a história do Queen e do lendário Freddie Mercury, e por incrível que pareça, o resultado final não foi catastrófico como muitos poderiam pensar.

Indo ao que interessa, o filme conta a trajetória do Queen e, principalmente, do Freddie Mercury com seus intensos altos e baixos. Bryan Singer (Os Suspeitos) começa a dirigir o longa e, aparentemente, não pôde terminar a direção devido à sua demissão. Faltando algumas semanas para o fim da produção, a direção do filme caiu nas mãos de Dexter Fletcher. Para uma direção conturbada o suficiente, o filme conta a história da banda de forma emocionante, frenética e divertidíssima (o humor no filme é uma cereja no bolo).

A fotografia é belíssima e soube retratar muito bem as épocas (anos 70/80), e com certeza, ajudou muito na verossimilhança com os cenários mais conhecidos, como também ambientou e contextualizou a criação das músicas que os fãs tanto gostam. Sem falar nos enquadramentos muito memoráveis, depois que você assiste vai ser difícil tirar as cenas da cabeça! As cenas dos shows, principalmente a do Live Aid, mostram Queen de um jeito único e íntimo, você se sente realmente lá.

Isso nos leva a outro ponto crucial, a mixagem de som. Essa categoria em questão é a responsável por criar uma atmosfera de excitação nas cenas musicais, que são muitas, e você fica ansioso para saber o que vai ter em seguida. Sem falar que fez um ótimo trabalho em tentar deixar o Rami Malek, ator que interpreta do Freddie Mercury, o mais dentro do personagem o possível. Houve uma mixagem da voz do ator com a voz original do cantor durante várias cenas, algumas ficaram mais críveis e outras não, mas o resultado como um todo agradou bastante.

As atuações não ficam para trás, o Rami Malek trouxe um Freddie Mercury forte e brilhante, com certeza inesquecível. Destacando a cena do Live Aid, novamente, que ele quase trouxe o cantor a vida. A caracterização ajudou muito, claro. Em destaque a Gwilym Lee que chocou com a semelhança ao guitarrista Brian May, ficou verdadeiramente parecido. Joseph Mazzelo, interpretou o John Deacon e Ben Hardy o John Taylor. Todas as atuações excelentes, mas existe a sensação que o resto da banda foi um pouco ofuscada pelo roteiro. Seria melhor se a personalidade do resto da banda fosse mais explorada, pois apesar de Freddie ser a cara do Queen, todos tem personalidades interessantes e que poderiam ser aproveitadas melhor.

Bem, o roteiro foi o que mais incomodou no longa. Um problema é que a linha temporal foi passada de forma apressada e momentos que precisavam de um pouco mais de desenvolvimento foram deixados de lado e trocados por cenas mais superficiais. Isso atrapalhou bastante com relação ao desenvolvimento dos personagens, pois pessoas são jogadas e tiradas do roteiro sem mínima a apresentação ou aviso. Outro é a constante vontade do roteiro de jogar problemáticas ou situações e nunca aprofundá-las, como pro exemplo, o relacionamento de Freddie com o homem com quem ficou até o fim de sua vida, extremamente mal desenvolvido. Entretanto, vale parabenizar a construção do relacionamento de Freddie e sua ex esposa Mary, que conseguiu trazer um olhar único ao público do relacionamento dos dois.

Apesar dessas questões negativas, o longa conseguiu captar a essência da banda, que optava por não se definir e sempre gostou de uma apresentação espetaculosa. O filme não é apenas sobre a história de uma banda, mas também sobre abraçar suas origens e quem você verdadeiramente é. Assistir a Bohemian Rhapsody é entrar em uma montanha russa de emoções e ideais que estarão para sempre eternizados nos corações dos fãs de Queen.

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Sétima Cabine

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