CRÍTICA – A FORMA DA ÁGUA

Novo filme de Guilhermo Del Toro, com 13 indicações para o Oscar, revisita o clima de fábula do Labirinto do Fauno mas desta vez trabalhando com uma mitologia do cinema e seus filmes de monstro. O filme segue a personagem de Sally Hawkins, Eliza Esposito, que é parte da equipe de limpeza de um laboratório especial do exército americano, e é muda. O monstro anfíbio é aprisionado no laboratório, e um laço surge entre eles.

O filme trata de sexualidade, de ser visto como estranho ou menos que humano. Ele toca em questões de capacitismo, racismo, homofobia nos Estados Unidos dos anos 50. Eliza vive em cima de um velho cinema de bairro, sua melhor amiga é negra, seu vizinho é um artista gay que sobrevive pintando anúncios publicitários numa época em que fotografias estão tomando seu espaço. Ela assiste velhos musicais do cinema com seu vizinho e chega a ter um número musical no filme. O amor a sétima arte transpira no filme, mesmo que junto com ele venham críticas. Um imaginário onde tantos não podem se ver refletidos, onde não se fala do que se sofre, mas ainda assim um imaginário que nos leva pra frente.

Forma da água

Enquanto nossos personagens lidam com o preconceito, sútil ou direto, seus filmes evitam o assunto ou mesmo reforçam o status quo. Um paralelo difícil de não ser notado quando cenas de um dono de um estabelecimento rejeitando atender um casal de negros é seguido de uma cena onde os personagens assistem Shirley Temple dançando com Bill Robinson.

A trama central, da luta deste grupo de párias sociais para libertar o monstro mantido prisioneiro no laboratório, avança enquanto nos mostra os contrastes da fantasia e da realidade americana (e socialista também, de quebra). A conclusão do filme nos deixa a escolha (ou expectativa?) de um final feliz hollywoodiano ou uma perspectiva mais realista, enquanto tentamos preencher o que acontece depois que as luzes acendem.

Confira o trailer abaixo:

 

 

 

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Vicente Marinho

Writer & Blogger

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