CRÍTICA – O CLUBE DAS MULHERES DE NEGÓCIOS

Anna Muylaert retorna às telas com O Clube das Mulheres de Negócios, um longa provocativo que subverte padrões ao explorar poder, gênero e desigualdades sociais. Com roteiro assinado por Muylaert, Gabriel Domingues e Suzana Pires, o filme mistura humor ácido e elementos de thriller para entregar uma narrativa que disseca o machismo e suas dinâmicas, transportadas para um universo feminino.

Protagonizado por um elenco de peso, que reúne Cristina Pereira, Irene Ravache, Grace Gianoukas, Louise Cardoso e Katiuscia Canoro, a produção acompanha os bastidores de um clube de elite feminino liderado pela presidente Cesárea (Pereira). A trama ganha força ao abordar disputas de poder, assédio e os conflitos entre tradição e modernidade, pontuados por críticas sociais afiadas.

A história se desenrola com uma reunião extraordinária para discutir o financiamento de um novo projeto do clube, que rapidamente se transforma em um palco para tensões e disputas internas. No entanto, a narrativa muda de tom ao incorporar elementos de terror, com a fuga de onças mantidas em cativeiro, que ameaçam a segurança dos membros.

Entre os momentos mais marcantes estão o assédio sofrido por Candinho (Rafael Vitti), neto de Cesárea, e a negligência das figuras de poder ao lidar com o caso. Essas cenas ressoam como um espelho das vivências femininas no mundo real, oferecendo uma crítica irônica e necessária.

Apesar de começar como uma comédia crítica, o filme perde parte de sua força ao abraçar o thriller, deixando subtramas relevantes pouco exploradas, como o embate entre o clube e uma igreja liderada pela Bispa Patrícia (Shirley Cruz). Ainda assim, o longa acerta ao provocar reflexões sobre democracia e abusos de poder, destacando-se pela ousadia e pela riqueza das personagens.

Com diálogos ácidos, performances marcantes e uma abordagem visual criativa, O Clube das Mulheres de Negócios desafia o público a repensar hierarquias e padrões. Embora tropece em sua transição de gêneros e na tentativa de explicar demais sua crítica, o filme é uma obra corajosa que merece ser vista e debatida.

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Giuliano Peccilli

Writer & Blogger

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