CRÍTICA – PÂNICO 4

Wes Craven morreu no dia 30 de agosto de 2015, vítima de um câncer no cérebro. Durante sua carreira, se tornou conhecido por seus filmes de terror inovadores e por ter criado franquias inesquecíveis para o gênero, como “A Hora do Pesadelo” e “Pânico”.

Anos depois dos acontecimentos dos três filmes anteriores, a cidade de Woodsboro está em paz e os acontecimentos com o assassino são apenas lembranças comemorativas. Porém, quando Sidney Prescott volta à cidade para divulgar seu novo livro, uma onda de novos assassinatos começa a acontecer e, ao mesmo tempo que precisa se salvar e salvar seus amigos, Sidney se vê num mistério sobre quem pode estar revivendo a matança.
Alguns integrantes do elenco principal estão de volta, como Neve Campbell, interpretando Sidney; Courteney Cox, como Gale Weathers e David Arquette, como Dewey Riley. E como adição, atores jovens como Emma Roberts, como Jill Roberts e Hayden Panettiere, como Kirby Reed.
O filme, assim como os três anteriores, é dirigido por Craven, numa tentativa de reviver a franquia. Tentativa que parece ter dado certo, pois após o longa, de 2011, uma série foi criada e, estreando em 2015 com dez episódios, já mostra números promissores e já foi renovada para uma segunda temporada.

Reviver franquias fazendo continuações ou reboots é uma ideia promissora para lucro, porém perigosa para críticas. Um filme muito distante dos originais ou com uma ideia muito fraca para o que foram os anteriores pode acabar manchando, ou até destruindo, a memória dos clássicos (exemplo é Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, que apesar de não ser um filme ruim, dá uma sensação de ser forçado demais). Felizmente para os fãs da franquia, Pânico 4 segue o mesmo nível de seus anteriores, só que dessa vez de uma forma mais atual.panico-4-still
A trama é bem interessante, levada em truques metalinguísticos e utilizando da herança do gênero terror para compor-se. Além disso, a presença adolescente ajuda muito a não tornar algo cansativo com os protagonistas antigos, trazendo personagens novos e interessantes. A determinação do assassino dessa vez não é algo que possa ser convincente a todos, pois trata-se mais de paixão à arte e ódio à família do que algo impactante de verdade. Mas, apesar disso, desde o início é empregado um tom mais leve e cômico (mesmo sendo um filme de terror) à história, assim como foram os anteriores, então o final não prejudica o material, apenas complementa e demonstra o estilo de Craven.

Um filme interessante, criativo e até divertido. Wes Craven transformou o gênero terror com seu estilo diferente e genial, e seu legado ficará marcado exatamente por essas duas características especiais.

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Sétima Cabine

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