CRÍTICA – SHAZAM

De volta ao universo estendido da DC, desta vez com a história de origem do herói de mesmo nome, Shazam acompanha a trajetória do adolescente, de apenas quatorze anos, Billy Batson (interpretado por Asher Angel) que ao ser escolhido como campeão e ter o destino da humanidade colocado em suas mãos por um mago, adquire superpoderes enquanto assume sua forma de maior potencial, esta versão é seu “eu” adulto, interpretado por Zachary Levi, que faz um ótimo trabalho ao manter a essência ainda infantil do garoto.

E como todo filme de herói tem um vilão, com Shazam não podia ser diferente, Mark Strong assume o papel do ganancioso Doutor Thaddeus Silvana, e ao contrário de outros vilões da DC não tem motivo nobre ou profundo por trás de suas ações, deixando em aberto suas verdadeiras intenções. O mesmo não pode se dizer das entidades que lhe acompanham, estas são melhor compreendidas, e que mereciam mais tempo de tela.

Com roteiro de Henry Gayden e direção de David F. Sandberg, ambos com poucos longas ligados a seus nomes, Shazam apresenta um enredo mais cômico e descontraído, principalmente por ser mais voltado na amizade entre Billy e Freddy, com piadas e situações que funcionavam, mas que soube ser sério nos momentos em se fez necessário. O último, interpretado por Jack Dylan Grazer, quase roubando a cena do personagem principal.

O filme não se escorou em cenas de ações, focando-se no desenvolvimento de Batson como herói e a no começo de uma relação entre o garoto e sua nova família adotiva, mas as existentes foram bem construídas e coreografadas, um ponto forte sendo novamente o balanceamento entre a seriedade da situação com alívio cômico, ousando até gracejar com clichês do momento em outros filmes do gênero. Um defeito a ser apontado seria certamente o CGI em algumas cenas de vôo, o que não é lá o maior dos pecados considerando que somam poucos segundos.

Para finalizar, Shazam dá continuidade aos acertos do DCEU ao fugir um pouco do seu lado mais sombrio, principalmente dos primeiros filmes, porém sem falhar com a essência da editora. A trama prende e diverte o espectador o suficiente para que pequenos defeitos não incomodem e passem despercebidos.

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Sétima Cabine

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