Nesta Crítica – Star Wars: Os Últimos Jedi, da tão aguardada continuação de O Despertar da Força, finalmente mostrou o potencial da terceira trilogia de Star Wars, se igualando a clássicos como o Império Contra Ataca, que é, até então, umas das mais aclamadas sequências de toda a saga. O filme apresenta um roteiro com algumas falhas, em momentos muito redundantes e cansativos do desenvolvimento de tramas paralelas. Mas bem ousado e surpreendente, no que diz respeito aos desdobramentos dos personagens principais, na qual estavam-se sedentos por presenciar e que deixaram até o fã mais old School com os cabelos arrepiados.
No filme, após encontrar o mítico e recluso Luke Skywalker (Mark Hammil) em uma ilha isolada, a jovem Rey (Daisy Ridley) busca entender o balanço da Força a partir dos ensinamentos do mestre jedi. Paralelamente, o Primeiro Império de Kylo Ren (Adam Driver) se reorganiza para enfrentar a Aliança Rebelde. Como já foi mostrado em outras matérias aqui no Sétima Cabine: (http://setimacabine.com.br/tease-trailer-de-star-wars-os-ultimos-jedi/).
Desta vez a trama vai além do núcleo Estrela da Morte vs Resistência, e expande o universo Star Wars a algumas questões que ainda não foram exploradas como as que envolvem o equilíbrio da Força e a então resistência de Luke Skywalker em relação a mesma. Podemos presenciar um conflito mais intenso com os estreantes Jedi e Sith, Rey e Kylo Ren, e como se dá suas particularidades envolvendo o crescimento de seus poderem. Destaque para um momento INCRÍVEL que acontece com esses dois personagens. Sem muitos SPOILERS, mas é um das melhores cenas do longa.
A evolução dos personagens fica tão evidente, que conseguimos finalmente ver mais de Poe Dameron (Oscar Isaac), da própria Princesa Leia (a falecida Carrie Fisher) e não decepciona, a construção de personagens antigos também foi muito bem feita e Luke faz suas aparições valer o preço do ingresso. Bem como o entrelaçamento de personagens novos a trama. Exemplos disso são as cenas com a novata Rose Tico (Kelly Marie Tran) e o então veterano Finn (John Boyega). Benicio Del Toro rouba a cena, juntamente com Laura Dern e seus personagens são responsáveis por tomadas surpreendentes durante a produção. O que traz um novo ar para a franquia. Para fechar o ciclo de novas aparições temos Billie Lourd, como a Tenente Connix, a vencedora do Oscar Lupita Nyong’o, como Maz Kanata, membros da resistência e Gwendolline Christie, como a Capitã Phasma, aliada dos guerreiros do lado negro da Força.
O visual do filme também é surpreendente. Temos quadros que vão ficar na mente dos fãs de Star Wars por muito tempo e talvez até na história do cinema contemporâneo. A ambientação das batalhas interestelares, as atmosferas dos planetas na qual os personagens passam, os cenários e até a trilha sonora estão de cara nova, mas sem deixar de passar todo o lúdico que a saga tem como marca registrada, que é o excêntrico e o extravagante. Dando um novo fôlego para os episódios que ainda estão por vir. Essa nova vida também acontece com a história, como já foi dito, por causa das novas perspectivas que se foram tratadas dos assuntos que presenciamos por mais de 6 filmes.
Quanto a Primeira Ordem e a Resistência, o filme apresenta um amadurecimento do embate que poucos filmes da franquia conseguiram trazer. Com um embate mais realista sobre esperança e oposição contra a tirania dos guerreiros do lado negro da Força. Em suma, Os Últimos Jedi chega trazendo toda a atmosfera que carrega em seu legado milhares de fãs, porém de uma forma repaginada que nos deixa com muito mais sede em saber os próximos desdobramentos.
O roteiro e a direção ficam por conta do estreante na franquia, porém experiente nas produções televisivas e cinematográficas, Rian Johnson (Breaking Bad, Looper: Assassino do Futuro) e tem sua estreia mundial hoje, 14 de dezembro. Que enorme presente de natal hein? Fala a verdade! Um filmaço que você pode conferir com toda a família.
Colaboração para a escrita dessa crítica: Pedro Ferreira (Plasma Filmes).