Tomb Raider: A Origem é um filme de ação e aventura estrelado por Alicia Vikander, Daniel Wu, Dominic West, e Walton Goggins. A direção fica por conta de Roar Uthaug e história segue a jovem Lara Croft, que em sua luta por ser independente dos negócios de sua família acaba por se envolver numa perigosa busca pelo paradeiro de seu pai, Richard Croft.
Colocar uma atriz talentosa para trabalhar com um roteiro problemático não gera os melhores frutos cinematográficos. Alicia Vikander apresenta uma atuação operante em meio a problemas e inconsistências narrativas, decisões sem sentido e uma péssima criação situacional. A necessidade exagerada de apresentar conteúdo esteticamente impressionante acaba criando uma sensação de que a trama não entende as suas próprias consequências. É um roteiro pobre de um filme desnecessariamente longo.
Apesar da escrita problemática, as cenas de ação cumprem o belo trabalho de dar movimentação ao filme. Há alguns jump scares forçados, mas, no geral, a aventura se desenvolve bem no contexto estético das locações escolhidas. Felizmente, a fotografia não danifica o contexto visual no qual o filme tenta se encaixar. O trabalho é recheado de cores quentes e a cinematografia encontra o ponto certo na criação de cenários e figurinos.
O trabalho musical aqui não é nada muito notável. A música de um filme se propõe a auxiliar na criação da atmosfera em que ele quer se encaixar e, aqui, isso é feito de forma abstrata. Porém, ainda que com uma trilha sonora bem composta, nenhuma atmosfera pode ser inteiramente criada se o roteiro falha em dar conta de fazer ela se tornar plausível. Ou, se não plausível, aceitável.
Tomb Raider: A Origem deixa um gostinho de filme desnecessário no fim de suas quase 2 horas. É uma aventura genérica, mal escrita e com atuações sem poder de inovação. Porém, em meio a tantos problemas narrativos, consegue divertir, ainda que não consiga balancear bem seu ritmo e intensidade.
Confira o trailer:
