CRÍTICA – Vingadores: Guerra Infinita
Por Aníbal Monteiro (correspondente de Portugal)
O que pode ser visto em vingadores guerra infinita, não é apenas a culminância dos 10 anos do MCU no cinema, mas sim a essência de uma geração. Qual fã de quadrinhos nunca pensou em ter projetado na sétima arte tudo aquilo que leu na sua infância?
Vingadores Guerra Infinita não explica muita coisa, nem alivia, uma vez que não há necessidade para novas apresentações, desde homem de ferro (2008) até pantera negra (2018) tudo se fez presente, é a cereja do bolo.
Os núcleos são muito bem construídos, o de Nova York, com o Dr. Estranho e Tony Stark, o de Titã com os Guardiões da galáxia, e Wakanda com a junção dos Team Capitão América.
Se há um jargão para esse filme seria: Causa e efeito! O último personagem que nos falta ser apresentado é justamente o vilão, Thanos, e é por ele próprio que podemos compreender suas razões e ambições, e os seus porquês. A busca pelas joias e algo que comove, e sua ordem negra cumpre o que lhe é pedido: fidelidade ao seu “Pai” e busca pelas joias. E sem duvida ao lado de Loki, Kilmonger, Thanos se revela um dos melhores viloes da Marvel,e aqui cabe um elogio fenomenal a Josh Brolin, que apesar do CGI, a entrega dele é esplêndida.
Talvez o maior desafio para os Irmãos Russo e conduzir três núcleos, é mostrar que em aproximadamente duas horas e meia, toda a narrativa não é cansativa. Porém nesse tempo há um mix de emoções, você sai feliz e triste ao mesmo tempo, pois a espera de uma década termina, bem como um ciclo termina e outro começa (Fase IV), mas ao ler essa crítica, e depois assistir o filme, muitos pensarão: E agora ? Bem essa resposta, não cabe a mim nem a você, talvez ela seja respondia em Homem formiga 2, ou mesmo em Capitã Marvel.
O fato é que Guerra Infinita entrega o que promete, nos da surpresas, nos faz rir com seu alívio cômico, nos faz chorar em certos momentos, nos trás duvida, e acima de tudo nos mostra que: paciência é uma virtude, pois teremos que esperar um ano até que vingadores IV chegue com o ar de sua graça! Há de se falar também a qualidade visual do filme, o IMAX é perfeito! A trilha sonora e específica, tanto na aparição dos guardiões ( onde eles têm sua própria trilha dos anos 80) como em Wakanda, e seu próprio dialeto de Guerra, Bem como a beleza de Titã.
E é justamente essa qualidade visual que nos dá sem sombra de dúvidas até aqui as melhores cena de luta da Marvel, o plano que O Senhor das estrelas congrega nos trailers e fantástico, a batalha de Wakanda é esteticamente perfeita, e o mais legal é vê personagens que nunca se viram, trabalhando em conjunto. É interessante vê que cada personagem, mesmo os secundários tem sua importância, que seu auxilio em certos momentos é vital para a trama. Há também de se fazer um elogio aos Irmãos Russo, que souberam como ninguém conduzir todo o processo, que obviamente não é coisa fácil, todavia e perceptível a chamada fórmula Marvel, onde nos cativa do primeiro ao último minuto.
Aliás, pode falar em último minuto, sugiro a todos que fiquem até o final, pois a cena pós crédito é fantástica!!! E como o próprio título do filme diz, é uma Guerra, logo como dizem por aí “Para um bom entendedor, meia palavra basta”. Lembra que eu falei acima que é um mix de sentimentos? Pois bem, eu aqui em lisboa fui dormir quase amanhecendo o dia de hoje, certamente aí no Brasil a sua quarta para quinta não será normal, e após sair do cinema você que é fã dos quadrinhos ou só acompanha o MCU de 2008 pra cá, sua vida não será mais a mesma!
Assista o trailer legendado:
Sobre o crítico:
Anibal Monteiro é professor de História e geografia, cinéfilo nas horas vagas e fã de quadrinhos e animes desde 1996 junto com a TV manchete.