É impossível não fazer comparações entre Rocketman e Bohemian Rhapsody, até por que o diretor Dexter Fletcher assina ambos (após a demissão de Bryan Singer de Bohemian). Ambos os filmes apresentam a biografia de grandes ícones gays da música britânica, ambos bastante chamativos, com Elton John agora no centro dos holofotes. Mas na comparação Rocketman se sai melhor em absolutamente todos os aspectos.
Com elementos de musical (não se surpreendam se for adaptado na Broadway), e com mais tons oníricos, Rocketman é mais ousado — ainda que caindo em clichês típicos de biografias cinematográficas — e tem muito mais alma do que a reconstituição de um show, por mais icônico que fosse.
Taron Egerton entrega uma performance surpreendente (previamente conhecido por seu papel em Kingsman) e canta em sua própria voz. Os números musicais, não surpreendentemente, são os melhores momentos do filme, e são montados de forma tão impactante e tocante que nos faz perdoar quando a narrativa pega uns desvios preguiçosos em clichês.
Para quem é fã de Elton John ou não, Rocketman é uma excelente experiência audiovisual digna de ser assistida na tela grande pelo menos uma vez.