O novo filme do Ang Lee, estrelado por Will Smith, traz uma forte promessa tecnológica para o cinema com uma técnica de 3D ultra realista obtida com um alto número de quadros por segundo. A tecnologia é muito impressionante e a sensação de imersão, a riqueza de detalhes que as atuações ganham é impressionante. Fazer a estréia de uma tecnologia dessas em um filme onde o ator principal tem dois papéis com idades diferentes, usando as já bem estabelecidas tecnologias de CG para por a versão mais jovem do ator para interagir com sua contraparte mais velha é de fato impressionante. A versão Jovem de Smith não causa estranhamento — o que é bastante impressionante com uma captura tão realista.
Infelizmente a história não acompanha a sensação de novidade. É uma trama que já vimos antes, sem nada inovador ou surpreendente. A atuação dos atores — diante de uma câmera que captura muito mais detalhes — é um diferencial para o que seria apenas um filme de ação (onde atuação não costuma ser prioritária) mas a trama em si é extremamente derivativa e velha. Não chega a estragar a experiência, mas deixa a desejar comparado com o quanto foi feito em efeitos e sequências de ação.
Não deixa de ser um filme para ser visto na tela grande, pois seu visual e suas atuações são merecedoras. É difícil dizer se o impacto da tecnologia na indústria vai ser tão grande quanto Avatar ou Matrix, mas assim como Avatar, e ao contrário de Matrix, a história não vai ser tão marcante para futuras gerações.