Genteeeeee, como já cantava e dizia o poeta Cazuza “Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não para”. E é com essa velha máxima que re-visitamos o passado, vislumbrando o futuro, trazendo para o presente o clima nostálgico dos Cines Drive-Ins.
Sejam muito bem vindos ao “novo normal” e admirável mundo novo, que será o primeiro evento oficial voltado ao cinema que permite aglomerações, pelo menos “de carros” aqui em Recife. E vamos conferir retina a dentro, com a estreia do PLANETA DRIVE-IN.
O evento promete suprir a falta e matar a saudades dos cinéfilos de plantão e amantes da sétima arte, trazendo “re-estreias” de sucessos do cinema para todos os gostos. Onde os destaques de estreia e primeira semana ficam por conta dos mega sucessos de bilheteria como CORINGA, MINHA MÃE É UMA PEÇA 3, NASCE UMA ESTRELA E SHAZAN. E pensam que a criançada ficou de fora, engana-se. O PLANETA ainda trás outros sucessos de bilheteria e que agradam também os marmanjos como: COMO TREINAR SEU DRAGÃO 3 e SONIC.
Curiosamente a ideia de cinemas ao ar livre surgiu na cidade de Las Cruces, no México, por volta de 1915. Porém, ganhou maior projeção quando passou a ser drive-in (em estacionamentos), em 1932, nos Estados Unidos. Seu criador foi Richard M. Hollingshead Jr.: ao presenciar as queixas de sua mãe que estava acima do peso, em relação às cadeiras dos cinemas tradicionais, resolveu inovar para agradá-la. Ele pendurou uma tela entre duas árvores, estacionou o carro de frente para ela e instalou um projetor em cima do veículo. Assim, surgia oficialmente o cinema drive-in.
Já no Brasil, os drive-ins chegaram apenas no fim dos anos 60. Em 1973, foi instalado, em Brasília, o Cine Drive-in, que funciona até hoje. Outros que surgiram no Brasil e continuam em funcionamento são o Cine Autorama, que é itinerante e já funcionou em 70 cidades, incluindo o interior, de 10 estados brasileiros.
Segundo matéria do Diário de Pernambuco, em suas memórias e arquivos, “aqui no Recife e em Pernambuco chegou a ter dois: o Autocine Drive-In, na Zona Sul, e o Autocine Joana Bezerra, no Centro. Ambos marcaram a memória de uma juventude recifense cosmopolita. A consolidação do modelo drive-in ocorre entre as décadas de 1950 e 1960, quando os EUA contabilizavam mais de 4 mil estabelecimentos do tipo”.
Em épocas de pandemia, onde o isolamento social se faz necessário para salvar vidas, várias cidades do Brasil estão aderindo como opção de escapismo aos CINE DRIVE-IN. Inclusive a modalidade não só se estende ao cinema, pois já existem até shows de artistas e gravações de DVD’S se rendendo a “nova velha” modalidade de entretenimento.
E como Recife é uma das “mecas” cinematográficas do país, não poderia ficar de fora.
Com já dizia Aristóteles na Grécia antiga “A ARTE IMITA A VIDA”. E trazendo para a Inglaterra vitoriana, onde depois o Oscar Wilde subverte dizendo “A VIDA IMITA A ARTE”.
E nós podemos reafirmar com toda convicção hoje é dizer “vice-versa”.
SIGAM-ME OS BONS!!!
Texto enviado por Well Chagas