O filme “A Chamada” segue o padrão de thrillers estrelados por Liam Neeson, onde um homem comum, interpretado por Neeson, é envolvido em um enredo de suspense. A história gira em torno de uma ameaça telefônica que coloca o protagonista, Matt Turner, em uma situação angustiante, onde ele deve obedecer às ordens de um vilão misterioso para salvar sua família e evitar a explosão do carro que ele dirige.
Apesar de algumas cenas de ação bem feitas, “A Chamada” não segue o estilo típico de Liam Neeson como um “vingador”. O filme adota mais a atmosfera de suspenses que expõem as manipulações de mercado de pessoas com menos senso ético em suas buscas incessantes por cada vez mais dinheiro. O próprio personagem de Neeson parece moralmente ambíguo enquanto gerente de um fundo de investimentos, e o vilão se aproveita disso para tentar escapar deixando toda a culpa nas mãos da vítima.
No entanto, o filme deixa a desejar em relação ao potencial promissor. A direção de Nimród Antal não alcança a vivacidade e o dinamismo presentes nas colaborações anteriores entre Jaume Collet-Serra e Neeson. O filme tenta se levar a sério demais sem conseguir ficar firme nessa tonalidade, já que algumas sequências de ação acabam sendo um pouco pastiches demais. Se o filme abraçasse o pastiche por completo ou mantivesse a ação no crível, teria melhor resultado.