Baseado no livro de mesmo nome, o filme dirigido por Bill Condon acompanha um golpista de carreira interpretado por Ian McKellen enquanto ele conhece e prepara mais um golpe em uma doce senhora, Helen Mirren.
Embora a trama de forma geral não guarde nenhum grande segredo da audiência — somos rapidamente avisados que há algo mais em volta da situação da personagem de Mirren e por tanto já esperamos uma reviravolta futura para frustrar nosso protagonista — no passado dos personagens, em suas vidas durante e após a segunda guerra mundial, vamos gradualmente descobrindo os motivos que movem os personagens.
O elenco é, de longe, o principal motivo para ver o filme. É interessante ver um filme de suspense e (alguma) ação que envolve personagens mais velhos já que Hollywood tende a valorizar muito uma imagem jovem. O filme tenta (com modesto sucesso) brincar com nossas expectativas quando trás o cenário da guerra, saindo do clichê que estamos acostumados. Mas não consegue ser um filme tão surpreendente quanto parece querer ser. Os pontos onde brilha mais, na construção dos personagens, o roteiro definitivamente conta com um elenco que ajuda tanto nisto que é difícil atribuir o mérito ao roteiro.
Ao fim A Grande Mentira é um filme que nos prende em descobrir qual a verdade por trás das mentiras dos personagens, e quem eles realmente são, muito mais do que se e como o golpe dará ou não certo.