O mais novo filme de terror produzido por Jordan Peele e dirigido por Nia DaCosta finalmente estreia nos cinemas depois de sofrer alguns atrasos graças a pandemia. Trazendo nova vida e uma nova visão de CANDYMAN, um clássico do terror baseado em uma história de Clive Baker, DaCosta entrega um filme a altura do original – mas diferente o suficiente para justificar sua nova versão.
Nesta nova iteração, voltamos a Cabrini-Green, uma região que já foi pobre (e de maioria negra) mas que hoje é uma área afluente, com imóveis caros. A gentrificação da área se torna foco da arte de Anthony, vivido por Yahya Abdul Mateen II, um artista em ascensão mas que se encontrava estagnado, sem produzir novas coisas até encontrar o mito do Candyman, que o inspira novamente – mas vai se provando mais real do que mero mito ao longo do filme.
Assim como o primeiro (e o conto original), o novo filme vem carregado de comentários sociais – as vezes um pouco óbvios demais, mas não chega a atrapalhar a experiência. O que carrega o filme são as relações e histórias dos personagens, e os comentários sociais vem através dessas relações – são majoritariamente orgânicos o suficiente, e dá para perdoar quando não chegam tão naturalmente.
Foi uma longa espera para finalmente assistir o filme nos cinemas, mas o filme entrega o prometido. Peele segue injetando novo gás no gênero, firmando seu nome como uma garantia de horror de qualidade nos cinemas e na TV.