Em mais um da série de remakes em “live action” da Disney, chega finalmente aos cinemas A Pequena Sereia, dirigido por Rob Marshall e estrelado por Halle Bailey. Com uma trama envolvente e uma nova abordagem visual, o filme apresenta a Ariel carismática encarnada pela Halle Bailey, que todo mundo já esperava se dar bem nas músicas, mas também entrega na atuação. Melissa McCarthy como Úrsula foi uma boa surpresa, ela conseguiu acrescentar seu toque sem perder a personalidade clássica da vilã. Javier Bardem como Rei Tritão também se destaca.
Apesar de contar com composições de Lin-Manuel Miranda e Alan Menken, as músicas clássicas são muito mais fortes no filme, e embora algumas das músicas novas sejam bem vindas nesta versão, algumas poderiam ter ficado de fora e não faria diferença. Como já é tradição nos filmes “live action” da Disney, muitos personagens importantes são animações de computação gráfica – o que talvez traga a questão do quão “live action” são. O limite entre realismo e animação entre os 3 principais amigos da Ariel gera aquele desconforto com CGI em dados momentos, mas de forma geral é satisfatório.
Depois de muitos remakes sem grandes impactos, A Pequena Sereia é uma adaptação promissora e talvez não faça o público se perguntar por que fazer um remake desta vez. Com uma trama bem desenvolvida e um elenco talentoso, o filme atualiza e mantém o encanto do original. Embora tenha algumas limitações técnicas, o filme compensa com sua trama bem elaborada e performances fortes. No geral, A Pequena Sereia de 2023 é um remake que vale a pena ver na sala do cinema.