A DC traz para as telonas mais um filme baseado em um dos seus personagens, dessa vez o Adão Negro. O vilão/anti-herói mais marcante da família Shazam. O filme ainda apresenta alguns erros de filmes anteriores da DC, jogando um time de super-heróis basicamente nunca antes apresentado nos filmes dentro do que a princípio se vende como filme protagonizado por um personagem só. Mas desta vez fizeram funcionou um pouco mais como o Esquadrão Suicida bom. Quem é fã dos quadrinhos não se perde na história de forma nenhuma, já que tudo está próximo o suficiente do material fonte. Pra quem não é familiarizado, dá pra acompanhar mas certamente não vai se conectar muito a todos os personagens. O Adão Negro tem uma história bem familiar para quem já leu os quadrinhos, embora com algumas adaptações, e o carisma do The Rock segura bem o filme mesmo nas partes que não são tão fortes.
O filme nos joga no meio da ação sem muitas explicações, mas não tem um plot tão complexo assim que não dê pra ir decifrando antes mesmo do filme explicar-se. Um dos trailers também começa com um “plot twist” revelado do meio pro fim do filme então… não é realmente um filme com muitas surpresas. Mas é tematicamente consistente, com estilo e linguagem próprias, não realmente se afasta suficiente dos clichês para ser algo novo e mais interessante mas apresente sua própria visão do universo DC de forma decente e divertida. As cenas de ação também não são as mais inovadoras dos blockbusters mas são bem executadas. Os slow motions que marcaram o “snyderverso” estão presentes, mas sem tanto excesso e definitivamente bem menos pretensiosos. The Rock veio do wrestling para as telonas e funciona maravilhosamente bem justamente neste tipo de ação fantástica.
Não reinventa a roda, mas dá uma continuidade no projeto de universo cinematográfico da DC pós Snyder, com personalidade e divertindo o público. Vale a visita ao cinema, filme feito pra ser acompanhado de pipoca.