Em 16 de fevereiro chega ao Brasil o mais novo longa de Robert Zemeckis, mente brilhante por trás de sucessos como “De Volta para o Futuro”, “Forrest Gump” e “Náufrago”. Somada à expectativa advinda do nome de peso na direção, “Aliados” conta com Brad Pitt e Marion Cotillard para engrandecer a atenção dos olhares ao possível novo sucesso. Confira nossa crítica:
O cenário é a Segunda Guerra Mundial: dois agentes unidos por governos em luta contra o Terceiro Reich têm a missão de infiltrar-se numa celebração Nazista e assassinar um Embaixador Alemão ali presente. Após o sucesso da missão, ambos se apaixonam e iniciam uma relação de volta ao país para o qual trabalham, porém, ao aparecerem suspeitas de traição por parte da personagem Marianne (Cotillard), o tenente Max Vatan (Pitt) inicia uma busca por respostas que ajudem a desmentir as acusações a sua esposa.
O roteiro é de Steven Knight e coestrelam o longa: Jared Harris, Mathew Goode e Lizzy Caplan.
Existem muitas formas de analisar qual o gênero cinematográfico de “Aliados”, alguns podem sentir mais como Romance, outros como Ação, talvez até Mistério ou Suspense. Existe uma indefinição, na maioria do tempo, sobre qual a verdadeira face que o filme busca apresentar, esse “erro” ocorre única e exclusivamente por culpa do roteiro, por vezes, desregulado demais. Em certos momentos há calma, o desenvolvimento é lento, de forma a atentar a detalhes e à construção de sentimentos, em outras tudo fica muito apressado, apresentando uma efemeridade que não tomou espaço para aparecer, de uma hora para outra tudo fica muito rápido e, de repente, o filme simplesmente acaba. É um roteiro construído de forma imediata demais e, ao fim, acaba sendo um pouco fraco para o que pretendia apresentar.
Porém, não se pode dizer o mesmo das atuações, existe uma elegância na construção dos dois personagens que, apesar de não serem cheios de carisma, acabam conquistando por serem charmosos. Lembrando um pouco da dinâmica de “Sr. e Sra. Smith” – só que sem tanta comédia – é interessante, instigante e atraente ver como a relação de Pitt e Cotillard se constrói na tela, ambos transmitem muita paixão em gestos e indagações e isso puxa o público a querer mais tempo de tela para os dois.
Provavelmente o ponto mais positivo de toda a construção do filme, a fotografia é requintada e bela, trazendo uma harmonia de época muito interessante, com todos os elementos cinematográficos em perfeita sintonia com o ambiente, o período histórico, a personalidade da película e o figurino excepcional dos personagens. O visual na primeira metade da história é sempre vivo, colorido e quente, com uma mudança vagarosa para uma sensação fria e sem ânimo enquanto as questões históricas se desenvolvem – o mérito nisso é conseguir criar essa mudança sem gerar um incômodo de efemeridade, como o roteiro faz. As mesmas características se aplicam à trilha sonora e à edição de som, ambas muito bem trabalhadas.
Por fim, é importante admitir que “Aliados” não é um filme inesquecível ou uma obra-prima do cinema, apenas entrega o que foi proposto nos trailers com sofisticação visual e boas atuações.
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