Com uma animação expressiva e interessante, mas ainda não an altura dos grandes nomes, se passando em um mundo curioso mas não muito bem desenvolvido, As Múmias e o Anel Perdido quase alcança o que parece se propor a fazer. Não é uma falha completa, o filme entretém o suficiente e os pequenos certamente vão se divertir – mas não vai ser um mundo que vão visitar muitas vezes depois de ir no cinema.
A trama é uma pequena bagunça, não particularmente difícil de acompanhar, mas tentando abraçar coisas demais. Tudo gira em torno de um ex corredor de bigas egípicio – bem, a múmia de um ex corredor de bigas – e seu irmão menor (não vamos explicar aos pequenos o que a múmia de uma criança quer dizer), e as desventuras em volta de um casamento arranjado com a filha do faraó. Tudo isso enquanto um explorador inglês tenta levar todos para fazer uma exposição no museu britânico, com direito a múmias perdidas em Londres.
Mas não satisfeitos com essa fórmula básica dos filmes animados, ainda temos também os desejos da princesa de cantar e virar pop star em Londres, o trauma do protagonista por ter se acidentado numa corrida de bigas (e… ter virado múmia por isso? É isso mesmo produção?). O filme abraça todos os clichês possíveis e se joga com tudo, mas teria ficado melhor se tivessem reduzido um pouco esse escopo.