O filme “Besouro Azul”, penúltimo lançamento do universo cinematográfico da DC (DCEU), não inova em nenhuma forma a fórmula de super-heróis, apresentando a jornada de Jaime Reyes, interpretado por Xolo Maridueña, desde a relutância em aceitar seus poderes até as tragédias pessoais. A maior diferença está na abordagem latina trazida pelo elenco de personagens de apoio na família de Jaime, que dão um respiro de novidade em meio a clichês recorrentes do gênero. Enquanto a trama se desenrola sem nenhum momento de surpresa no filme, a dinâmica da família Reyes e pequenos momentos chamando a nostalgia latina com piadas sobre Maria del Bairro e Chapolin Colorado nos mantém interessados.
Xolo Maridueña, conhecido por seu papel em “Cobra Kai”, entrega uma performance cativante como Besouro Azul, enquanto Bruna Marquezine, diretamente do Brasil para Hollywood, se destaca em sua atuação. De fato, o elenco como um todo emerge como o ponto forte do filme, apresentando uma química palpável entre os atores – com exceção dos vilões, que não conseguem brilhar tanto, não por culpa de Susan Sarandon e Raoul Max Trujillo, mas devido à limitação do material que tinham para trabalhar.
As sequências de ação não tem muita consistência, pulando entre edições cheias de cortes frenéticos nas primeiras experiências de Jaime como o Besouro e montagens mais fluídas com coreografias interessantes nas cenas finais. Mesmo com esses altos e baixos, o filme se firma ao trazer um tempero pouco usual nos super-heróis, e demonstrando um potencial promissor para o futuro de Bruna Marquezine em Hollywood.