CRÍTICA – CAROL (2015)

Carol (2015) é uma adaptação do livro ‘The Price of Salt‘, publicado em 1952, e agora sendo lançado no Brasil com o título do filme, e trás Cate Blanchett e Rooney Mara nos papéis principais.

O longa mostra o envolvimento entre duas mulheres, Carol Aird (Cate Blanchett) e Therese Belivet (Rooney Mara), que se conhecem em uma loja de brinquedos durante a época de Natal. A história é centrada em Nova York durante os anos 1950, com todos os preconceitos da época em relação a homossexualidade. Isto é, um período onde se assumir era considerado imoral e contra os princípios, ainda mais se você já fora casada e tem uma filha, como o caso de Carol. Nessa realidade, onde esconder quem você realmente é, o único meio de se proteger é mascarar seus sentimentos e esta é a realidade em que Carol vive e a qual Therese se sente tentada.

Diferente dos outros filmes, Carol não tem uma pressa para que as coisas aconteçam. Todd Haynes (diretor) respeitou e deu tempo necessário para que as personagens se conheçam, se apaixonem e se envolvam até o momento que, enfim, se entregam. Assim, deixando os sentimentos contidos ou escondidos, aflorarem. Quando se entregam, a sequência usa a nudez como artifício de um forma delicada e bonita, sem associação ao vulgar.

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Cate Blanchett e Rooney Mara estão incríveis, a troca de olhares, os toques, tudo. As duas souberam usar a simplicidade como arma de sedução, passando as forças e fraquezas das personagens, e não é à toa que ambas estão concorrendo ao Globo de Ouro de Melhor Atriz. Sem contar que o filme concorre nas categoria de Melhor Filme de Drama, Direção e Trilha original. No elenco, também temos Sarah Paulson (American Horror Story), com um papel não muito distinto de seus anteriores, e Cory Michael Smith (Gotham).

Carol ainda oferece uma recriação excepcional dos anos 1950, onde fotografia e figurino chamam bastante a atenção pela beleza. A trilha sonora é de Carter Burwell, que junto com a direção soube valorizar os silêncios necessários para uma história onde o detalhe é tão importante. Por fim, o filme traz uma história de amor delicada e sensível, mas ao mesmo tempo com um poder de retratar suas limitações.

Confira o trailer:

 

O filme estreia dia 14 de janeiro nos cinemas.

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Sétima Cabine

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