CRÍTICA: CINQUENTA TONS MAIS ESCUROS
Por: Emília Lima
Na segunda produção da trilogia Cinquenta Tons de Cinza, o público poderá conferir o desfecho do relacionamento entre Christian Grey e Anastasia Steele.
Formada em Literatura Inglesa, a jovem agora, pretende focar na sua carreira profissional. Trabalhando como Assistente Editorial numa renomada empresa da cidade. Mais madura, cautelosa, por vezes ousada, Anastasia não se deixa levar facilmente pelos encantos e reconquistas de Christian. As mudanças de ambos os personagens são perceptíveis logo nas primeiras cenas, cativando, talvez, o público mais chocado com as práticas e frases de efeito do primeiro filme.
Inconformado com o término do relacionamento, Christian faz de tudo para reconquista-la. Em contrapartida, a jovem se mostra mais consciente sobre seu envolvimento com Christian. O reencontro dos personagens, desta vez, se dá de forma mais livre. Sem contratos, sem exigências ou demandas. Agora, pelas regras dela, como ela achar melhor. Portanto, podemos ver personagens em evolução emocional, mais a vontade consigo mesmos, sem barreiras, segredos ou imposições. Menos possessão, mais proteção e entrega por parte de Christan. Mais compreensão, paciência e disposição por parte de Anastásia.
No decorrer da história, somos apresentados a personagens novos, possíveis “vilões” do lindo casal. Jack Hyde, interpretado por Erick Johnson, chefe de Anastasia que, claro, aguça o ciúme e proteção de Christan. Leila Williams, interpretada por Bella Heathcote, ex-submissa inconformada, dispensada por Christian há dois anos, causando uma leve tensão no expectador, despertando insegurança em Anastasia, e a tão esperada revelação da identidade da personagem mais conhecida como sra. Robinson, Elena Lincoln, interpretada pela Kim Basinger.
A fotografia de John Schwartzman muito bem elaborada ajuda a dar o ar de elegância e mistério necessários e esperados na continuação. A direção de James Foley e roteiro de Niall Leonard possuem uma narrativa contínua e honesta, mesmo deixando alguns pontos soltos, pouco explicados ao público.
Menos impactante e, talvez, ofensivo que o primeiro, Cinquenta Tons Mais Escuros agrada ao público que se dá o direito de enxergar além da dita futilidade e superficialidade dos personagens e do enredo como um todo. Aqueles que entrarão no cinema, buscando uma sequência abastecida com cenas de sexo quase que explícitos, tanto quanto o anterior irá se decepcionar. Trata-se de uma produção menos carnal, e mais emocional. De personagens buscando a felicidade entre si como casal e seres humanos, sem segredos, nem mistérios.
Assista o trailer legendado aqui: