Muitas famílias do cinema são parte do nosso repertório de filmes e ficam gravadas em nossa memória. Famílias consagradas como: Família Pera (Os Incríveis, 2004) e a Addams (A família Addms, 1991). Entretanto, para Crô (Marcelo Serra), lembrar da própria família será um problema.
Com um destaque adquirido desde a novela Fina Estampa em 2011, o ex-mordomo agora ganhou seu segundo filme no cinema. Com roteiro original de Aginaldo Silva e direção de Cininha de Paula, não exige conhecimento da trama do primeiro filme. Em um primeiro momento, Crô em Família mostra o protagonista em uma má fase de sua vida, embora o sucesso de sua escola de etiqueta seja aparente. Enfrentando uma separação, a sua imagem pública e seu psicológico encontram-se vulneráveis. Para agitar ainda mais sua vida, estranhos aparecem em sua casa e declaram ser sua família legítima. Abalado pelos recentes acontecimentos Crô decide acolhe-los.
A trama não foge do esperado para o para o gênero. As gírias, predominantemente, da comunidade LGBT tem um uma presença forte nas falas. A figura de Ferdinando (Ferdinando Show) e Seu Piru (Escolinha) transmite a sensação de que há um défice na criação de personagens. Nesse sentido, fica a quebra de expectativa de algo inovador pela repetição de personagens já conhecidos. A família do protagonista é marcada por esteriótipos desgastados de pessoas com baixa renda, o que chega a incomodar o anfitrião da casa. Nesse sentido, a família vai firmando-se e seguindo um plano de roubo. Chama atenção a construção da personagem vivida por Mel Maia. A sobrinha tem papel importante no desfecho da história no entanto aparece desbotada em relação a outros parentes. Em conclusão, é uma comédia simples e fácil de entender, nos faz refletir sobre o significado de família e sua importância com uma pegada extrovertida e leve.
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