O filme de Sergio Rezende conta a história do Juiz Victor (Mateus Solano) e sua cruzada para prender o chefe do contrabando na fronteira do Paraguai, “El Hombre” Gomez (Chico Diaz). O juiz conta ainda com a ajuda da promotora Alice (Paolla Oliveira). O enredo é novelesco, com excesso de personagens e tramas paralelas (geralmente apresentadas em flashbacks) mas correndo para apresentar tudo em pouco menos de duas horas.
Curiosamente, a primeira “baixa de guerra” depois da chegada do Juiz-Herói à pequena cidade de Fronteiras é um personagem que nunca é apresentado em cena; sua morte — que devasta tanto o Juiz de culpa — mal chega a ser notada na tela. Chega a ser irônico o desperdicio dramático, considerando-se a quantidade de cenas perdidas em personagens que não são desenvolvidos e cuja função na trama é mecânica e súbita.
O roteiro é um remendo de cenas clichês, dirigidas sempre às opções mais óbvias possíveis, mas polidas por uma fotografia de indiscutivel qualidade técnica, que faz muito bom uso dos cenários do centro-oeste do país. Os atores fazem o que podem para salvar o texto lamentável, Chico Diaz sendo um dos que mais justificam nosso tempo.
Talvez Em Nome Da Lei desse uma boa novela ou minissérie. Como filme, é um fracasso. Melhor assistir o filme em uma tarde despreocupada — de preferência em uma televisão, meio mais apropriado para esta obra do que um cinema.
O filme estreia nos cinemas nacionais no dia 21 de abril.