Anos após o último incidente do Godzilla, e no filme de mesmo nome, a sequência “Godzilla II: rei dos monstros” acompanha a trajetória da organização científica Monarch em seus estudos sobre os titãs que um dia caminharam pela Terra e que seu despertar poderia ser benigno para a raça humana, enquanto tenta não sucumbir e virar uma divisão do governo estadunidense, embora esse problema fique para trás quando uma de suas facilidades é invadida por ecoterroristas, raptando Drª. Emma Russell (Vera Farmiga), e sua filha Madison (Millie Bobby Brown), e consigo o aparelho batizado de ORCA, promissor a controlar os gigantes.
Além de Farmiga e Millie, o cast conta com outros nomes, como Sally Hawkins, Charles Dance e Kyle Chandler. Apesar de ter um elenco excepcional, o roteiro de Michael Dougherty (também diretor do filme), Zach Shields e Max Borestein, não abre um espectro muito grande de emoções e limita bastante os personagens, podendo talvez ser perdoado pela temática do longa. Em contrapartida, outros pontos não podem receber a mesma vista grossa, são o plot twist acrescentado no meio do filme que apesar de sua grande magnitude e comprometer o foco da história, é revelado e tratado como se fosse de pouca importância, ou os furos preguiçosos da narrativa para favorecer o grupo de vilões humanos. E falando dos vilões, é impossível não comentar a motivação digna do próprio Thanos, o plano perfeito, que seria a salvação da humanidade, mas não gera empatia alguma quando levamos em consideração o fato de que se trata de nada menos que um genocídio em massa.
Por mais que com um roteiro falho, o filme compensa por seu visual e design de produção de tirar o fôlego, e foi feito para aqueles que gostam de lutas “de verdade”, principalmente entre gigantes, deixando um gostinho de “quero mais”, nos fazendo desejar que o filme fosse mais focado nos titãs no lugar dos humanos. Para os fãs da franquia, a Skull Island (para os menos familiarizados, a ilha do King Kong) é mencionada diversas vezes como localização de um dos titãs já fazendo referência ao próximo filme “Godzilla vs. Kong” que chega aos cinemas em 2020.