A nova adaptação de mais um livro de Dan Brown estreia hoje nos cinemas nacionais. Com Tom Hanks reprisando seu papel como Robert Langdon, um simbologista renomado, Felicity Jones e um elenco saudavelmente diverso de atores bem estabelecidos como o indiano Irrfan Khan. Infelizmente a primazia dos atores não basta para salvar este filme formulista como o livro que adapta.
O primeiro da série, O Código da Vinci que estreou dez anos atrás, tinha do seu lado a vantagem de misturar com os elementos fantasiosos da história, a história e as obras de Leonardo da Vinci. Infelizmente Inferno mal toca na arte que Dan Brown envolve nesta trama, A Divina Comédia, mais especificamente O Inferno, de Dante Alighieri. O cenário é quase irrelevante na trama, que se resume a um plano de um milionário excêntrico de conter a superpopulação mundial com um vírus, e Dante e sua obra não tem qualquer papel relevante na resolução.
É um filme de “caça ao tesouro” onde o quebra cabeça se monta sozinho, e a grande virada da história não tem muito impacto para o publico (nem realmente para a historia) e paremos apenas estar seguindo as formulas e movimentos esperados deste tipo de obra. Há cenas interessantes, mas na sua maioria, o filme falha em renovar ou refrescar a “franquia”, e falha em manter as coisas que eram atraentes em seu primeiro filme.