Ultimamente temos visto diversas tentativas – fracassadas – de adaptações de livros aclamados pelo público teen. Tivemos Desventuras em Série, A Bússola de Ouro, Os Instrumentos Mortais, Dezesseis Luas e por aí vai. O grande problema do excesso de adaptações que presenciamos nos últimos anos é pelo fato de ser algo fácil de se vender e com um amplo público que garantidamente estará interessado para ver a versão cinematográfica de sua obra literária preferida.
Alguns livros deram bastante sorte ao serem adaptados para o universo da sétima arte, como O Senhor dos Anéis, Harry Potter e a atual febre adolescente do momento: Jogos Vorazes. Mas o que há de diferente em cada um para que poucos sejam bem sucedidos na área visual?
Costumo separar sempre: há aqueles filmes que são escolhidos para serem adaptados por possuírem uma boa história que possa render os olhos do público mundial e aqueles filmes que são adaptados apenas por cima do sucesso literário de uma determinada obra e usa isto para entregar um filme qualquer que poderá (ou não) render uma boa bilheteria, como é o caso dos tão massacrados pela crítica especializada, A Saga Crepúsculo e A Série Divergente. Fico contente em poder afirmar que este não é o caso.
Maze Runner – Prova de Fogo começa justamente onde o último filme terminou: Thomas (Dylan O’Brien, da série Teen Wolf) e seus amigos sendo aparentemente resgatados do labirinto em que a agência C.R.U.E.L. os prenderam. Sem explicar ao espectador os acontecimentos do último filme, a sequência já começa com toda aquela tensão que vimos anteriormente perdurar na estadia dos clareanos (como os enviados ao labirinto se chamam) no labirinto.
Apesar de possuir uma paleta de cores semelhante ao primeiro filme, na sequência somos apresentados a uma infinidade de locações diferentes, nos mostrando melhor o que de fato aconteceu com a terra depois de passar por uma tempestade solar que dizimou parte da população da terra.
Acontece que o labirinto era apenas o primeiro de uma série de testes realizados pela C.R.U.E.L. nos clareanos. Ao descobrir isso, Thomas lidera um grupo de fuga ao deserto em que a terra se encontra. Além da temperatura elevada, os jovens se deparam com outra consequência do apocalipse que deu início a tudo isso: o fulgor.
Bastante semelhante ao habitual vírus zumbie que já vimos em tantas obras, o fulgor faz com que os humanos percam seu controle mental, apodreçam e fiquem sedentos por qualquer tipo de carne a vista, incluindo a carne humana. Porém os clareanos são imunes a este vírus e o C.R.U.E.L. quer tentar encontrar uma cura à partir disto.
Como o esperado, a continuação trás uma grande expansão ao universo da história nos cinemas, e com isso, novos personagens. Temos as (grandes) adições dos atores Giancarlo Esposito (o incrível Gus Fring de Breaking Bad) e o Aidan Gillen (o famoso littlefinger de Game Of Thrones). Não há bem nenhuma atuação excepcional desses grandes nomes ou do resto do elenco, mas estão todos bem alinhados e bem dirigidos.
Apesar de possuir diferenças do universo literário criado pelo autor James Dashner, Maze Runner – Prova de Fogo dificilmente não agradará aos fãs e, sem sombras de dúvidas, será o grande trunfo teen que a Fox tanto procurou alcançar.
O filme chega aos cinemas nacionais no dia 17 de setembro. Confira o trailer:
