“Mergulho Noturno” traz consigo o potencial intrínseco do medo primal de águas profundas, um elemento crucial para um filme de terror envolvente. Entretanto, Bryce McGuire, o diretor, nos apresenta uma narrativa que parece ter sido criada às pressas, para preencher lacunas, incapaz de ter qualquer impacto emocional. O filme, infelizmente, afunda em clichês, diluindo todo o seu potencial, o que se torna ainda mais surpreendente considerando que é uma expansão de um curta-metragem anterior do mesmo diretor. Era de se esperar uma exploração mais profunda dada essa continuidade.
A cinematografia atende às expectativas, enquanto as performances dos atores conseguem dar vida ao impacto do horror sobrenatural. No entanto, a decisão questionável do roteiro em ignorar a capacidade lógica dos personagens para criar momentos de susto banais e reviravoltas previsíveis transforma o que poderia ser um excelente “Mergulho Noturno” em uma oportunidade perdida. Essas escolhas impedem que o filme alcance plenamente a promessa inicial, deixando uma sensação persistente de potencial não totalmente explorado.