Continuação dos filmes de horror psicológico da década passada, ‘O Chamado 3’ chega aos cinemas brasileiros em fevereiro de 2017.
Nós já assistimos ao longa e tiramos nossas conclusões. Confira!
Ambientado no mesmo universo dos filmes anteriores e se passando 13 anos depois dos acontecimentos iniciais da franquia, o novo plot acompanha a vida de Julia e Holt, que acabam por assistir ao vídeo e, logo após, descobrem que há um novo mistério na maldição dos sete dias.
Dirigido por F. Javier Gutiérrez, o elenco é formado por Matilda Lutz; Alex Roe; Vincent D’Onofrio e Johnny Galecki. Bonnie Morgan interpreta a icônica vilã Samara.
Semelhanças ao filme original, de 2002, podem ser notadas durante todo o tempo de tela, porém, definitivamente, sem a mesma magia. Muito do que deveria existir como personalidade de ‘O Chamado’ perde-se nessa continuação, fazendo com que seja mais uma sequência ordinária de filmes de terror. A inovação do filme de 15 anos atrás foi trazer às telas americanas características marcantes e muito bem avaliadas dos filmes de terror orientais, como a existência de um caráter centrado em desestabilizar o psicológico de quem assiste na medida que o psicológico dos personagens é desestabilizado, a falta disso é, sem dúvida, a maior falha de ‘O Chamado 3’. Mas não foi por falta de tentativas, o filme até tenta recuperar boas decisões do longa anterior, só que o que há aqui uma clara personalidade previsível do terror atual: sustos sem nexo o tempo todo, falta de originalidade (perceba a semelhança quase ridícula com o bem avaliado ‘O Homem nas Trevas’, de 2016, ou com a série de filmes ‘Premonição’), plot twists mal aproveitados e um “final inacabado”.
Porém, nem tudo é composto por decepções. A trilha sonora dessa vez é mais impactante e mais audível, diferente do filme original, que sustentava sua sonoridade em tons baixos para dar base aos sustos inesperados. A decisão foi boa, os tons mais altos e claros deram uma sustentação eficaz aos momentos de real terror do filme.
Os efeitos não são inovadores, mas cumprem seu papel de forma aceitável. Da mesma forma é a edição, que exige uma carga de imagens em transição rápida, porém, apenas isso não funciona para dar o impacto psicológico esperado ao espectador, é aí que o roteiro se mostra extremamente falho.
Por fim, ‘O Chamado 3’ serve apenas para mostrar que continuações de filmes de terror estão se tornando ineficazes até em reciclar o que deu certo de seus respectivos antecessores. Um filme de terror genérico e previsível, nem mais, nem menos.
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