Depois de um monumental fracasso (de críticas, pois o filme ainda fez 746 milhões de dólares na bilheteria), finalmente o Esquadrão Suicida da DC ganha uma versão cinematográfica digna dos quadrinhos. Desta vez com James Gunn na direção, mas ainda com parte do elenco original – especialmente Margot Robbie reprisando sua Arlequina e Viola Davis mais uma vez como Amanda Walker – o novo filme redime a franquia e cumpre tudo que um Esquadrão Suicida promete: super violência e um humor mórbido e ácido.
Com um apelo visual grandioso em suas cenas de ação, uma sanguinolência caricata, e um humor afiado o filme vale cada um dos muitos, muitos, centavos que se gasta hoje em dia com ingressos (ou assinaturas de streaming). Muitas sequências do filme são deleites estéticos e explosões de cores – tanto quanto de sangue. Com o material original sendo de uma mídia tão visual, os quadrinhos, é uma ótima adaptação. E a escolha de Gunn de abraçar e adaptar algumas das coisas mais bizarras dos quadrinhos (Starro, minha gente. Starro!) de uma forma bem humorada mas ainda excepcionalmente bem executada garante o sucesso que o anterior não teve.
Idris Elba e John Cena como Sanguinário e Pacificador conduzem o filme, que tem uma história bem consistente mesmo que com pouco tempo para trabalhar tantos personagens. O elenco tem gente muito boa, fazendo um trabalho muito bom para entregar um filme ácido, bastante dentro do espírito dos quadrinhos. Absolutamente vale a pena assistir no formato IMAX em que foi filmado. É um filme “pipoca”, mas é um dos melhores filmes pipoca que saiu em muito tempo.