O novo longa de Selton Melo talvez não seja o filme da sua vida, mas é uma obra de amor ao melodrama latino e ao cinema. Com o sul do Brasil como cenário, conta a história de um jovem professor, cujo pai abandonou a família numa pequena cidade de interior, em algum momento dos anos 50 ou 60. Somos apresentados aos personagens e o melodrama que os envolve se desenrola lentamente, com uma construção bastante poética.
Embora seja bem executado, com boas atuações, boa cinematografia que aproveita bem a beleza dos pampas gaúchos e um roteiro razoavelmente bem fechado, O Filme da Minha Vida é pouco mais que uma homenagem, uma reprodução do que já passou. um reflexo de grandes obras sem reflexão significativa sobre elas.
É uma simpática carta de amor que faz referencias a grandes obras, e vai ser muito bem recebida a quem é endereçada, mas depois vai ser só mais um papel na gaveta, guardado como recordação até que ninguém lembre mais.