Requentando o remake americano da franquia japonesa Ju On, o diretor Nicolas Pesce reune um excelente elenco e reconta a história de uma maldição criada quando uma pessoa morre cheia de ódio. Pesce escolhe contar a história na perspectiva de uma detetive recém transferida para a cidade, que investiga por conta própria todos os crimes ligados a uma única casa da cidade.
Apartir da investigação dela, vamos passando por todas as pessoas tocadas pela maldição e como todas se matam depois de matar pessoas próximas a elas. A própria detetive começa a sentir os efeitos da maldição também. Acompanhamos a maldição em 3 famílias que passaram pela casa conforme a detetive investiga, acompanhando em flashbacks cada um dos crimes.
A idéia de uma narrativa não linear não é ruim, mas termina sendo mal aproveitada. O filme também traz temas que parece propor e depois nunca mais retorna a eles, dando a sensação de que o filme pretendia ser mais do que conseguiu entregar.
O medo acaba ficando muito mais focado em qual vai ser o próximo jump scare do que na construção de uma tensão pela história. As investigações não levam a um crescimento na tensão e no medo, só fortalece o modus operandi da maldição que não muda. As coisas se movem dentro de uma forma preditiva e até quando parece que o filme está prestes a surpreender você, ele apenas segue a rota mais óbvia novamente.
É uma pena pois a franquia tem bons filmes, mesmo nas versões americanas. Infelizmente este reboot não trouxe vida nova para a série.