Baseado na saga nórdica que inspirou Shakespeare a escrever Hamlet, o novo filme do diretor de A Bruxa e O Farol, Robert Eggers, está um pouco perdido entre o indie e o blockbuster. Com a hiperviolência estilizada que apela pra um grande público mas um ritmo e história mais familiar a certos nichos, o homem do norte não encontra seu público tão bem quanto os filmes anteriores do diretor.
Amleth, o jovem príncipe herdeiro de um pequeno reino nórdico recebe seu pai que volta de batalha ferido. Preocupado com a linha sucessória o rei leva o garoto para um ritual de passagem para idade adulta, onde ele se conecta com sua linhagem de reis. Na manhã seguinte, porém, Amleth assiste seu tio matar seu pai, iniciando assim a trama de vingança que guia todo o filme.
Com toda uma preocupação de buscar um realismo histórico, porém com uma grande presença do fantástico e sobrenatural, o filme se torna um drama histórico e fantasioso – digno das sagas que o inspiram, que vivem entre o relato histórico e a lenda.
O filme é esteticamente muito bem trabalhado, a trama se desenrola bem, com um elenco talentoso entregando atuações fortes. Mas o ritmo e a história podem atrapalhar a recepção do grande público ao filme.