Quando as Luzes se Apagam (Lights Out) começou como um curta do diretor David F. Sandberg, que fez grande sucesso no circuito de festivais e chamou atenção da Timeline e Warner. O longa que Sandberg dirigiu para o estúdio expandindo seu curta é um competente filme de terror, com uma história forte e personagens interessantes – e economicamente um sucesso, tendo se pago já no primeiro dia em cartaz.
O filme tem como premissa um monstro que só pode existir no escuro. A escuridão é um elemento básicos dos nossos medos, herança ancestral, mas que também é uma ferramenta muito interessante para uma mídia que é baseada na captura de luz como o cinema. A cena de introdução é perfeita em apresentar o clima do filme, mas o monstro em si não é o único elemento que sustenta o filme.
A história da familia de Rebbeca e Martin – meio irmãos – e sua mãe Sophia é outra sustentação do filme, que o elenco, que conta com Teresa Palmer (Meu Namorado é Um Zumbi) e Billy Burke (saga Crepusculo), faz um trabalho decente para manter. Enquanto o monstro não te assusta, as relações entre os personagens te prendem ao filme e constroem uma outra sensação de horror mais profunda, que vai se intensificando ao longo do filme até culminar na sua conclusão.
O final é um amargo-doce atípico de filmes de terror padrão. Não conta com os ganchos óbvios de continuação (embora uma já esteja sendo encaminhada pelo estúdio) e a história da família consegue nos trazer um impacto maior do que o filme de terror médio conseguiria. Se não particularmente inovador, o filme tem uma execução excelente da ferramenta, e merece o sucesso que está recebendo.