E mais uma vez temos uma prova de que ações excessivas de marketing podem prejudicar sim bastante o conteúdo de um filme, mas talvez nem sem esse exagero conseguiríamos o salvar.
Após uma série de desventuras, chega nesta quinta-feira nos cinemas nacionais o novo ‘Quarteto Fantástico’. A 20th Century Fox desenvolveu uma campanha que incentiva ao espectador esperar por toda aquela pancadaria habitual que somos apresentados as demais adaptações de histórias em quadrinho hoje em dia, o que pode acabar desapontando muita gente.
Ao contrário do quarteto de 2005, dirigido por Tim Story, o filme tenta manter um aspecto mais emocional e científico, aprofundando mais na origem de cada Fantástico. O ponto (talvez) mais positivo do filme está no relacionamento dos personagens, que tenta deixar um pouco de lado a ação e mostrar como de fato surgiu a equipe de super-heróis.
Reed Richards (Miles Teller de ‘Divergente’) tem como foco desde criança criar uma máquina que possibilitasse o tão querido teletransporte, podendo assim deixar sua marca no mundo e fazendo diferença que deseja no mesmo. Na escola todos o ridicularizavam por se tratar de um “sonho absurdo”, e é aí que entra Ben (Jamie Bell de ‘Billy Elliot’) sendo o único que acredita em Reed e aceita o apoiar até a vida adulta.
Numa fracassada tentativa de mostrar seu projeto numa feira de ciências, Ben e Reed conhecem o Dr. Franklin Storm (Reg E. Cathey de ‘House Of Cards’) que acompanhado de sua filha adotiva Su (Kate Mara) convidam Reed para desenvolver seu projeto junto a sua equipe no Instituto Baxter.
Acontece que o projeto já estava sendo desenvolvido por Victor Von Doom (Toby Kebbell), que não se anima bastante com a notícia de um novato mais novo o auxiliando no projeto junto ao filho biológico de Dr. Storm, Johnny (Michael B. Jordan) e Su. Juntos terminam o portal e insatisfeitos com o trabalho de “apenas mandar mais um homem à lua”, parte da equipe decide equivocadamente embarcar na máquina e verem com os próprios olhos o que há na outra dimensão.
Victor acaba sendo deixado para trás e os sobreviventes acabam sofrendo mutações devido à energia viva presente na dimensão até então desconhecida. Passado um ano, o Governo dos Estados Unidos realiza outra expedição com a máquina para desenvolver uma cura ao quarteto e até mesmo aproveitar os resultados para serem usados como armas militares. Inexplicavelmente, Victor, ou Doutor Destino, ainda está vivo e não aceita que mexam em sua nova terra e ameaça destruir seu planeta natal, o que força aos outros sobreviventes se unirem para deter a destruição da nossa civilização.
Josh Trank (de ‘Poder Sem Limites’) criou uma boa trama científica que faz com que o público acompanhe bem o que está acontecendo de uma forma mais realística, porém peca em fazer o espectador esperar demais por um desfecho inexistente e acaba entregando um filme monótomo.
Miles (Senhor Fantástico) não tem tanto destaque como líder do grupo, mas acaba entregando um certo apoio a Kate Mara (Mulher Invisível) que trás uma atuação bastante simplória. Os destaques aqui ficam para Jamie (O Coisa) e Toby Kebbell (Doutor Destino) que dão uma profundidade maior ao drama que todos os expostos à energia do Planeta Zero passaram.
Apesar de uma boa construção que explica tão bem o surgimento do quarteto (que até nos faz esquecer que é um reboot), o filme falha em nos fazer esperar demais por um desfecho inexistente, assim como a cena pós-créditos comum nos filmes da Marvel. Não espere por algo depois dos créditos pois não há!
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