Ruby Marinho teve uma estreia fraca no mercado norte-americano, e esta temporada de animações parece estar desafiadora para muitos estúdios, exceto a Sony com seu “Aranhaverso”. Infelizmente, Ruby Marinho não se destaca o bastante para obter grandes resultados nas bilheterias. Embora seja um filme simpático, segue uma fórmula previsível. A trama acompanha a história de Ruby, uma jovem kraken que se passa por uma adolescente comum em uma cidade litorânea. No entanto, sua vida sofre uma reviravolta quando ela descobre seus poderes e conhece Chelsea, uma sereia que é filha de uma rival antiga de sua família.
O filme segue a estrutura convencional da jornada do herói, apresentando uma paleta de cores vibrante e sequências de ação grandiosas, mas não traz muitas inovações. Os elogios mais significativos foram direcionados ao elenco de vozes originais, que infelizmente os espectadores brasileiros não terão a oportunidade de apreciar nas salas de cinema, já que as cópias dubladas parecem ser a única opção de distribuição. Apesar disso, a dublagem nacional é competente, destacando-se a performance de Giovanna Lancellotti, uma atriz com pouca experiência em dublagem, mas que se destaca na voz da sereia antagonista. A direção da dublagem, realizada por Wendel Bezerra, um renomado nome da dublagem nacional, contribui para a qualidade do trabalho.
Embora “Ruby Marinho” tenha seus momentos positivos, infelizmente não consegue se destacar devido ao uso excessivo de clichês ao longo da história. Visualmente a exploração de paletas de cores neon, que visa criar um ambiente visual chamativo e atrativo para o público, termina sem trazer elementos visuais verdadeiramente inovadores. Como resultado, o filme perde uma oportunidade valiosa de encontrar sua própria voz e se diferenciar no cenário das animações.