Com orçamento de blockbuster e com 4 anos entre filmagem e lançamento, mudança de diretores e múltiplas refilmagens, Tempestade – planeta em Fúria tem gerado grande expectativa. Seria o longa de estréia como diretor de Dean Devlin, roteirista conhecido de filmes de desastre como Independence Day e Godzilla. As refilmagens, porém, foram dirigidas por Danny Cannon (diretor do Juiz Dredd de 1995) e outras mãos fizeram mudanças no roteiro também.
A questão que fica é: depois desta tempestade durante a produção, foi possível salvar o filme? O roteiro parte de uma premissa simples: um sistema de satélites usados para controlar o clima e conter os desastres naturais causados pelo aquecimento global foi hackeado e alguém está usando o sistema para causar desastres ‘naturais’. No meio disto, uma conspiração é descoberta que chega nos níveis mais altos do poder americano.
Uma premissa simples que vira um nó mal resolvido, mas tudo bem pois estamos aqui para ver as cenas de destruição não é mesmo? Os efeitos especiais são decentes, as cenas de destruição são bem internacionais, incluindo uma sequência no Rio de Janeiro — um Rio de Janeiro que é 80% efeitos especiais, ninguém veio filmar aqui, o filme já estava caro o suficiente.
Se você é o tipo de pessoa que passa mais devagar para ver um acidente, se tudo que você quer é ver hollywood destruindo o mundo (e talvez uma carreira ou duas no processo) e se divertir com isso este é um excelente filme para você. Os atores também conseguem manter o filme com seus carismas, mas majoritariamente a diversão é ver a bagunça toda que se forma e como resolver ela — na tela e na produção.