Novo filme biográfico da diretora Marielle Heller conta com Tom Hanks no papel do apresentador infantil Fred Rogers, que tinha um programa infantil com fantoches na tv americana, e Matthew Rhys no papel do jornalista Lloyd Vogel (inspirado em Tom Junod) que está em uma crise na vida pessoal e recebe como pauta fazer um perfil de Rogers.
Hanks cabe como uma luva no papel, e o filme abraça a estética do programa infantil, mas o foco é todo em Lloyd, que acaba de ter bebê e cujo pai que ele não tinha mais contato ressurge buscando reconectar-se. Lloyd é uma pessoa mais cínica, e quando se encontra com Rogers, uma pessoa mais positiva e bondosa, fica buscando qual o limite do personagem e da pessoa real de Rogers.
O filme é uma viagem surpreendentemente leve e tocante sobre paternidade, idealizada na figura de Rogers, vivenciada em Lloyd tanto em seu papel como pai recente quanto nos seus conflitos com o próprio pai que o abandonou e agora busca retomar contato. Um filme delicioso, com um elenco que trás vida às pessoas na tela e nos envolve profundamente com personagens que nem realmente fazem parte de nossas memórias já que Rogers nunca teve grande repercussão no Brasil.