Velozes e furiosos 8, que se você contar os dois curtas na verdade é o decimo da franquia, tem um trabalho dificil. Como aumentar o nível de desafios que a família adotiva do Toretto (Vin Diesel) supera? Já foram 8 longas, e a série passou de circuitos ilegais de corrida em Miami e Tokyo para filmes de espionagem onde tanques de guerra atiram contra carros esportes em rodovias movimentadas, e carros pulam entre torres de arranha-céus. A grande pergunta em cada novo episódio da série é: como ultrapassar os limites cada vez mais?
A resposta, desta vez, foi com The Rock emparelhando com um torpedo, saindo do carro em movimento (sobre um lago gelado, aliás) para redirecionar com as mãos o torpedo para atingir os adversários. Este momento está no trailer, você sabe que vai acontecer, e ainda assim é inacreditável.
O filme definitivamente supera em níveis de diversão descompromissada. E amplia os níveis de novelão que a série consegue alcançar. A série pode parecer cada vez mais absurda e surreal, mas incrivelmente isso só melhora a franquia. Agora no oitavo filme, Charlize Theron se junta ao elenco para fazer a antagonista da vez — uma super hacker que está tentando por as mãos no arsenal nuclear russo com uma motivação meio vaga e difícil de acreditar, até vc começar a acreditar que o The Rock pode desviar torpedos com a mão, depois disto tudo começa a fazer um sentido que você não esperava.
É um filme para se assistir com pipoca e rir das corridas com carros em chamas, carros que quebram paredes e submarinos perseguindo carros de luxo em um lago congelado. O filme cumpre a missão de ser realmente divertido de assistir, e entrega exatamente o que promete: um filme cuja maior pretensão é mostrar carros fazendo coisas cada vez mais impossíveis.