Vida não é particularmente inovador. Parece mais apropriado como herdeiro de Alien – o oitavo passageiro do que as recentes iterações da franquia, mas é próximo demais do modelo de Alien para ser entendido como algo novo. Em vida, uma amostra de terra recolhida do planeta marte traz uma célula congelada, que a tripulação da estação espacial é capaz de reanimar, descongelando e alimentando. A célula se reproduz até formar um estranho animal que eventualmente escapa do espaço de contenção aonde estava, não sem antes nos dar claras noções do perigo que os cientistas na Estação Espacial correm com a criatura solta.
A filme é excelente em construir a tensão e o suspense que o gênero requer. A proximidade tecnológica do filme com nosso mundo real dá uma sensação muito realista a situação como um todo, e não é muito difícil imaginar que caso cenários similares se apresentem, nossas equipes de astronautas agiriam de formas similares. A história é bem sucedida em escapar de alguns desdobramentos que seriam esperados, o que a mantem mais fresca e, concretamente, mantém o suspense. A montagem é bem usada para construir as tensões e as reviravoltas, deixando quem assiste na dúvida do que está prestes a acontecer.
A atuação do elenco é melhor do que a média dos filmes do gênero, mas conta com um elenco mais estelar do que o usual para filmes de suspense com Jake Gyllenhaal e Ryan Reynolds dividindo cena também com Rebecca Ferguson. O cast como um todo faz um bom trabalho, e o “monstro” da vez é, a sua própria forma, também bem “carismático” como antagonista.
Embora não traga uma grande novidade para as salas de cinema, renova muito bem o estilo, e é um filme que mantem o espectador na beira da cadeira, esperando o desenrolar e torcendo pelos protagonistas.