O filme “Wonka” é uma prequela de A Fantástica Fábrica de Chocolate, explorando a juventude empreendedora de Willy Wonka (interpretado por Timothée Chalamet) e suas interações com os mestres-chocolateiros da Galeria Gourmet. Esses vilões, interpretados por comediantes britânicos talentosos, simbolizam a uniformidade na indústria de chocolates, contrastando com a abordagem única e mágica de Willy. O filme satiriza sutilmente a indústria cinematográfica, cujos estúdios muitas vezes parecem incapazes de reconhecer sua própria caricatura nos vilões de suas produções.
O diretor e co-roteirista Paul King, conhecido por seus filmes da franquia Paddington, requenta uma abordagem padronizada da indústria enquanto defende a importância da originalidade e da expressão artística autêntica. Wonka, claro, se vê antagônico a um cartel que vai além dos limites legais no combate a possibilidade de concorrência real, mas ele mesmo não quer muito mais do que uma loja na mesma galeria que seus antagonistas. O filme e o protagonista se equilibram entre as obrigações comerciais com a entrega artística.
“Wonka” se posiciona como herdeiro de uma tradição cinematográfica extravagante, destacando-se como um musical que evoca os clássicos hollywoodianos dos anos 1940 e 1950. Com músicas originais de Neil Hannon, o filme captura a essência das composições clássicas de Leslie Bricusse e Anthony Newley da versão dos anos 1970 de A Fantástica Fábrica de Chocolate.