Com 23 anos do lançamento do primeiro jogo da franquia, Pokémon ganha sua primeira produção em Hollywood. Fazendo jus a franquia com uma das mais carismáticas misturas de animação com live-action que já chegou às telas, baseado em um jogo menos tradicional da franquia que foge da mecânica de capturar pokémons e foca nas investigações do titular Detetive Pikachu.
Com um visual iluminado por luzes neon, em um mundo habitado por pokémons e seus treinadores a proposta Poké-Noir de um filme de detetive dentro de uma das maiores franquias de cultura geek, que tantos cresceram jogando os jogos e assistindo os desenhos, é muito bem sucedida. As animações CGI que dão vida aos pokémons não quebram o nosso senso de realidade, ao contrário são carismáticos e deliciosos de assistir — especialmente para quem cresceu com a franquia. O roteiro, porém, deixa a desejar para os clássicos filmes de detetive. A história mantém você interessado o suficiente para ver os próximos pokémons que serão encontrados e faz uso de personagens já muito conhecidos do público. Mas há muito pouco mistério se você tem um pouco mais de idade que um treinador pokémon de 10 anos.
Com tramas óbvias e mistérios telegrafados, para os fãs mais antigos da franquia o grande atrativo é realmente ver na tela grande versões “live-action” dos pokémons e de Ryme City, um grande centro urbano em um mundo cheio de pokémons. A voz de Ryan Reynolds e a atuação de Justice Smith como Tim Goodman também são fatores muito importantes em manter o filme interessante e dar vida ao cenário.