CRÍTICA – A Freira

Do universo de Invocação do Mal, chega aos cinemas nesta quinta-feira: A Freira. O horripilante personagem da série de filmes finalmente ganhou um espaço para sua própria produção, mas será que ele foi bem aproveitado?

A Freira contou com ajuda do diretor James Wan, consagrado por ter vários filmes de sucesso no gênero. Entretanto, parece que a ajuda do diretor no roteiro e na produção não foi o suficiente para fazer deste um grande filme. O enredo conta com três personagens principais: o padre Burke, irmã Irene e Frechie, o último sendo o único que apresenta real carisma. A escolha do elenco não foi muito feliz e por várias vezes existe um incômodo pelas expressões apáticas dos dois primeiros personagens, que não apresentam nenhuma degradação emocional ao longo da história, o que é de fato duvidoso, já que eles estão lidando com um grande mal. 

O roteiro em questão não desenvolve tão bem os personagens quanto deveria, talvez por se preocupar mais em fazer jump scares do que fazer o público criar uma conexão com os personagens. Por isso, o enredo não tem grandes feitos e apresenta pequenas reviravoltas e um plot twist já muito usado que, por incrível que pareça, possuiu efeito de choque no público. Algumas piadas do personagem de Frenchie são inseridas durante filme para causar alívio cômico, boa parte delas funcionando e acentuando a simpatia do personagem e funcionalidade do ator. Isso evidencia o quanto o roteiro foi preguiçoso em apenas apresentar os outros dois, padre Burke e irmã Irene, com uma rápida tentativa de sensibilizar o público, e depois esquece deles.  

Quanto aos aspectos técnicos vale ressaltar o uso das câmeras 360. Por vezes, foi muito útil em construir a tensão e suspense da cena, com as várias e várias voltas ao redor da personagem ou apenas para familiarizar o telespectador com a ambientação. A fotografia muito escura contribui com o clima, causando um esforço para enxergar até o que não está presente em cena.  A dificuldade de identificar os objetos de medo, que quando são inseridos causam certa aflição, é um recurso muito utilizado em filmes do gênero e funcionou bem neste, entretanto, sem muita originalidade. A trilha sonora também agrada muito, sincroniza-se aos momentos certos, algumas vezes passando um pouco do limite por tentar gerar um drama e comoção que não são comprados. 

A Freira está longe da qualidade dos dois primeiros filmes do universo de Invocação do Mal. Com tudo, para quem gosta de filmes de suspense e está disposto a se aventurar, não custa nada conferir nas telinhas o protagonismo do demônio Valak.  

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Sétima Cabine

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