CRÍTICA – QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO

A proposta principal de Quatro Vidas de um Cachorro é contar a história a partir do ponto de vista do animal. São quatro histórias ambientadas em épocas diferentes em que o cachorro vive, morre e reencarna, sempre lembrando-se de suas vidas passadas.
Dirigido por Lasse Hallström, de Sempre ao Seu Lado, e estrelado por Dennis Quaid, Britt Robertson e K.J. Apa.

O roteiro é baseado no livro de W. Bruce Cameron e traz uma perspectiva interessante sobre reencarnação e existência de consciência em animais. O humor é aconchegante, simples e a ideia de utilizar os pensamentos do animal para contar a história parece funcionar bem, tendo em vista que o intuito do filme é mostrar que o cachorro possui sentimentos, angústias e lembranças, assim como os seres humanos. 
Porém, uma ideia boa não é suficiente para sustentar uma série de decisões previsíveis. Apesar do ponto principal da história ser a vida do cachorro, existe um mundo em volta dele, e é aí que o roteiro perde toda a magia que conseguiu adquirir nos minutos iniciais. Analisando as quatro histórias vividas pelo animal, é notável que o clichê irá transformar a experiência de assistir em algo extremamente supérfluo. O maior pecado a ser analisado é a tentativa de segurar uma produção inteira em apenas uma ideia original, deixando todo o resto ser genérico, sem vida, previsível e frívolo demais. São quatro histórias que a maioria dos espectadores saberão como irá começar e terminar, e isso não sustenta um filme de 1h 40min.

No demais, o filme se mantém ordinário como o roteiro. A fotografia e a edição são aproveitadas de forma simples, mas, em específicos momentos, de forma criativa, como ao retratar os diferentes pontos de vista da história.
A trilha sonora não é espantosa, mas ajuda a deixar o clima aconchegante dos momentos de humor canino. Nada muito emocionante ou diferente em âmbito instrumental, só traz boas escolhas considerando as músicas de cada época em que o filme se ambienta.

Por fim, Quatro Vidas de um Cachorro é um filme que parece ter sido feito apenas para arrancar lágrimas devido à adorável alegoria canina, e nisso ele funciona bem. Por outro lado, tudo mais na construção do longa trabalha para criar algo facilmente esquecível e extremamente genérico.

E aí, o que achou da nossa crítica? Não se esqueça de comentar!

Confira o trailer:

 

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Sétima Cabine

Writer & Blogger

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