CRÍTICA – VALERIAN

Valerian é originalmente um quadrinho europeu criado em 1967 e que só parou de ser publicado em 2010. Por tanto os quadrinhos tem uma vasta história, que se encontra distribuída em 21 volumes. É uma tarefa difícil tentar adaptar uma obra tão grande em um filme, é preciso decidir o escopo que o filme vai tentar cobrir. Mas não se preocupe se vc desconhece toda essa história, o filme de Luc Besson escolhe ignorar basicamente tudo além de nomes também, então você não precisa se preocupar com nada.

A introdução do filme sozinha seria um dos melhores e mais tocantes curta metragens de ficção científica já vistos. O tipo de filme que olha para o futuro de nosso planeta com otimismo, olha para as grandes obras humanas e imagina o quão maiores podemos ser. No quesito narrativo, nada mais no filme vai ser tão bom quanto essa introdução, infelizmente.

Mas isso não quer dizer que o resto do filme não tenha seu valor. O filme é uma grande sucessão de espetáculos audiovisuais que realmente é bastante reminiscente de O Quinto Elemento. O ambiente é fantástico, a ação em geral nos prende na tela — há uma exceção em uma sequencia submarina que não consegue ter grandes impactos embora apresente algumas imagens bonitas. Infelizmente todas as cenas “narrativas” que deveriam concatenar esses momentos de espetáculo são incrivelmente decepcionantes.

Seria fácil por a culpa na atuação fraca da Cara Delevigne (que precisa de um agente que selecione melhor projetos para ela) mas o problema é no roteiro mesmo. As relações são superficiais, o suposto arco emocional do personagem titulo interpretado por Dane DeHaan é incrivelmente raso e parece ser escrito por algum alienígena que tem apenas uma vaga compreensão de como relacionamentos humanos funcionam. A sequencia de apresentação da personagem de Rihanna é uma das coisas mais espetaculares do filme, e promete uma personagem extremamente carismática, que poderia ser uma excelente adição a história para depois desperdiçar a personagem como mero plot device que é abandonado imediatamente — e não espere ver a cara da Rihanna muito tempo na tela, a maior parte do tempo ela está apenas dublando a animação CGI da personagem transmorfa dela. Mas pensando bem, esses soluçoes narrativos também são reminiscentes de O Quinto Elemento, então é justo equiparar as duas obras do diretor.

 

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Vicente Marinho

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